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23/04/2013 - 16h51m

Tocantins faz parte do sistema aquífero Urucuia e garante abastecimento a importantes projetos de irrigação Estado

Redação

      O Tocantins faz parte de um dos mais importantes sistemas aquíferos do Brasil, o Urucuia, responsável pela alimentação de praticamente todos os afluentes da margem direita do Rio Tocantins. Com 142 mil km², passando por seis Estados, o Sistema Aquífero Urucuia (SAU) implementa ainda, com suas águas subterrâneas, alguns dos principais projetos de irrigação e piscicultura, principalmente da região sudeste tocantinense.

      De acordo com a Agência Nacional das Águas (ANA), a área de afloramento do Sistema Aquífero Urucuia vai do sul do Piauí ao noroeste de Minas Gerais, passando pelo sul do Maranhão, nordeste do Tocantins e oeste da Bahia. O SAU contribui para duas das principais bacias do Brasil: São Francisco e Tocantins. O Tocantins é o terceiro Estado com maior ocupação da superfície aquática do Urucuia, com 18 mil km², ficando abaixo apenas de Minas Gerais e da Bahia.

      O diretor do Departamento de Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semades), Aldo Azevedo, informou que o SAU é a principal fonte de alimentação das nascentes dos rios na região da Serra Geral. Assim, recebem as águas os rios Palmeiras, Sobrado, Palma, Manoel Alves, Sono e Rio das Balsas. “São essas águas que alimentam os rios no período da seca. Praticamente todos os afluentes da margem direita do Rio Tocantins são alimentados por esse aquífero”, explicou.

      Desta forma, alguns dos mais importantes projetos que envolvem uso de águas no Tocantins recebem alimentação do Sistema Aquífero Urucuia. Conforme o diretor da Semades, o projeto Manoel Alves, entre os municípios de Dianópolis e Natividade, por usar água do rio de mesmo nome, depende da alimentação do SAU. “O projeto Tamborá, o maior projeto de piscicultura do Estado também é alimentado pelas águas do aquífero”, completou.

Turismo e semiárido

      Azevedo informou que 23 municípios da região sudeste, que sofre fortes baixas aquáticas no período de estiagem, são beneficiados pelas águas do Urucuia. Indiretamente, o recém-lançado programa Tocantins sem Sede, que irá construir cisternas e barragens para levar água potável à população, também recebe recursos do SAU. “Para as cisternas, até que não, porque elas são abastecidas com água das chuvas. Mas as represas são com águas do Aquífero”, explicou.

      Uma das regiões com maior potencial turístico no Tocantins, o Jalapão também deve ao Urucuia sua capacidade aquática em rios e cachoeiras, segundo informação do diretor da Secretaria do Meio Ambiente. Os rios que cortam a região, segundo Azevedo, também são alimentados pelas águas do Sistema Aquífero. “Por isso que dizem que o Jalapão é um deserto rico em recursos hídricos”, frisou.

Gestão Integrada

      Como o aquífero é uma fonte de recursos que percorre seis estados, a gestão dessas águas precisa ser feita de maneira a não prejudicar o fornecimento para nenhum usuário. Para tanto, a Agência Nacional das Águas vem promovendo o levantamento de dados, visando a elaboração de um planejamento de gestão integrada dos recursos hídricos do SAU. A apresentação do Plano do Sistema Aquífero Urucuia está prevista para setembro. “A gestão de águas subterrâneas é de responsabilidade dos estados. Como o aquífero é usado por seis estados, a ANA achou por bem pagar um estudo para os Estados terem um banco de dados para elaborarem o Plano de Gestão Integrada”, salientou Azevedo.

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