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02/10/2013 - 17h49m

Tocantins comemora aniversário com frutos de projetos de irrigação

Redação

Produzir frutas, verduras e grãos sem precisar de se preocupar com a chuva ou a falta dela. O que parecia impossível há alguns anos para centenas de produtores rurais do Tocantins, em regiões castigadas pela estiagem, hoje é uma realidade a partir dos projetos de irrigação implantados pelo Governo do Estado, através da Secretaria da Agricultura e Pecuária (Seagro), e em parceria com o Governo Federal, por meio do Ministério da Integração Nacional. Nestes 25 anos de criação do Estado, pode-se dizer que o Tocantins já colhe os frutos do seu investimento. Além de aumento na produção, houve também melhoria na qualidade de vida e geração de renda para os produtores rurais.

No Projeto São João, onde mais de 70% da infraestrutura está instalada, a água já jorra pelos canais e chega às propriedades, como a da Empresa Vita Frutas. Atualmente, estão sendo cultivados três milhões de pés de abacaxis. A alta qualidade do produto fez com que a empresa ganhasse mercados fora do Estado, como no Rio de Janeiro, São Paulo e estados da região Sul. Somente neste ano já foram colhidos um milhão de frutos, nos 115 hectares explorados, revela um dos sócios da empresa Marcelo Galati. “A irrigação adianta a produção e melhora a qualidade do fruto. Ou seja, o produtor tem domínio sobre a lavoura”, comemora.

O potencial do Tocantins vai além. São mais de quatro milhões de hectares para irrigação. Parte dessas áreas está localizadas dentro dos seis projetos Hidroagrícolas. O investimento realizado pela Seagro, nesses locais, nos últimos 13 anos, ultrapassa os R$ 750 milhões, sendo 90% de recursos do Governo Federal e 10% da Seagro. O secretário executivo da Agricultura e Pecuária, Ruiter Padua, destaca a importância dos projetos de irrigação, principalmente, na região Sudeste, que, apesar de dispor de muita água nos rios e córregos, costuma sofrer com a seca. “A realidade começa a mudar para melhorar, a partir da implantação desses projetos”, frisa.

Manuel Alves

No Projeto Manuel Alves, localizado entre os municípios de Dianópolis e Porto Alegre do Tocantins, são mais de 3.700 hectares, divididos em 199 lotes para pequenos produtores qualificados e outros 14 lotes empresariais. Através dos sistemas de irrigação por microaspersão, gotejamento e aspersão convencional, os produtores já cultivam as culturas de abacaxi, banana, coco, mamão, maracujá e melancia, dentre outras. Em 2011, o projeto que foi inaugurado em 2008, possuía apenas 180 hectares de área cultivada. Com o apoio e investimento do Estado, atualmente são mais de 500 hectares. Dentre as ações, foram realizadas limpeza e montagem do sistema de irrigação, contratação da Empresa responsável pela Gestão Integrada, entrega das escrituras públicas, cessão de dois tratores, licenciamento ao grande produtor, licitação de lotes empresariais, cadastro ambiental rural e construção da estação elétrica de rebaixamento para assegurar a sustentabilidade energética do perímetro.

A área irrigada de lotes dos pequenos produtores qualificados passou de 300 hectares em janeiro de 2011 para mais de 500 neste ano. A previsão, de acordo com a Diretoria de Irrigação e Drenagem, é que até o final deste ano, a área irrigada chegará a mais de mil hectares, gerando dois mil empregos diretos e quatro mil empregos indiretos.

No âmbito econômico e social, o projeto busca condições para a eliminação da pobreza da região, dinamizando a economia com o incremento da renda regional e das receitas públicas, viabilizando-se, assim, o acesso da população e a melhoria das condições de vida da população.

Prodoeste

Os outros projetos em andamento ou já implantados são o Programa de Desenvolvimento da Região Sudoeste do Estado (Prodoeste); o Gurita, no Centro-Norte do Tocantins; Sampaio, situado no Extremo-Norte; além da revitalização do Projeto Rio Formoso, em Formoso do Araguaia.

Com expectativa de produzir 648 mil toneladas a mais de alimentos oriundos da região das várzeas, o Prodoeste garantirá ao final da primeira etapa, um total de 26mil hectares de áreas irrigadas e, ao final de todas as etapas, 300 mil hectares. Nessas áreas, será possível produzir arroz irrigado, feijão, milho, soja para semente, melancia, dentre outras culturas, através de sistema de irrigação por inundação (no período chuvoso) e de subirrigação (período de seca). Com a nova tecnologia será possível explorar 2,5 safras ao ano nestas áreas.

Gurita

Um pouco mais acima do mapa do Estado está localizado o Projeto Gurita, no município de Itapiratins, cujas obras de infraestrutura hídrica tiveram início ainda em 2004, mas só foram concluídas em 2008. Neste ano, o Governo do Estado concluiu o processo de licitação para a área, que abrange 204 hectares. A empresa vencedora, Nova União Empreendimentos, já se instalou no local e iniciou os serviços com o desmatamento, preparo de solo e a calagem, ou seja, incorporação de calcário em toda área, onde dará início à produção de uva, visando à fabricação de suco concentrado, abastecendo assim os mercados local e circunvizinho.

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