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27/09/2015 - 13h08m

TOCANTINÓPOLIS: Professores da UFT mantêm paralisação

Redação

Após quase quatro meses em greve, os professores da Universidade Federal do Tocantins (UFT) decidiram prosseguir com a paralisação, que se iniciou no dia 28 de maio deste ano. Em assembleia realizada, na manhã de sexya-feira, 25, foram contabilizados e homologados os votos dos câmpus de Tocantinópolis, Porto Nacional, Arraias, Araguaína, Miracema, Palmas, que na sua maioria decidiu pela continuidade da greve. Foram 86 votos a favor do retorno das aulas e 151 contra. Os votos do câmpus de Gurupi não foram contabilizados, pois esse não aderiu à greve e segue normalmente com as aulas.

“Contabilizamos todos os votos e continuamos em greve por decisão da maioria dos docentes. Aqui, em Palmas, tivemos uma votação acirrada, mas no interior a maioria foi favorável à greve, isso significa que há uma fragilidade em termos de precarização de infraestrutura”, disse a professora e membro do comando da greve dos docentes Olívia de Campos Maia Pereira.

Segundo ela, além de todo cenário nacional, o Estado tem pautas locais. “A UFT precisa de melhor estrutura, tem pontos específicos a serem conseguidos dentro dessa greve. A gente precisa aproveitar esse momento de tanto tempo paralisado para melhorar as nossas condições de trabalho”, disse.

Na última quinta-feira, os professores do câmpus de Palmas, por diferença de um voto, votaram favoráveis ao fim da greve. No entanto, a decisão é tomada levando em consideração todos os câmpus.

Além dos cortes nos orçamentos das universidades, na pauta de reivindicações também estão o reajuste salarial para 27,3%, a fixação da jornada de 30 horas semanais e o estabelecimento da data-base para todos os servidores.

Olívia contou que a partir da próxima segunda-feira serão convocadas novas assembleias. “Vamos fazer uma nova rodada de assembleias ouvindo os câmpus do interior para trabalharmos a pauta local e a reversão do corte de 10% da educação, pois algumas universidades que iniciaram expansão já esperavam o dinheiro. Aqui, em Palmas, tínhamos quatro guardas de campo, agora só temos um, que vigia quatro blocos. Então, não sei como é que volta às aulas, pode até voltar, mas sob que condições? Se estavam ruins, ficaram piores ainda”, ressaltou.

A reitoria da UFT foi procurada para comentar a continuidade da paralisação, mas até o momento não havia se manifestado.

MEC
Já o Ministério da Educação (MEC) informou, por meio de nota, que está aberto ao diálogo com as diferentes entidades representativas. Segundo nota, nas reuniões, o MEC se comprometeu a acompanhar as negociações com o Ministério do Planejamento, que é o responsável pela negociação salarial, e a criar um grupo de trabalho para debater questões conceituais da carreira.

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