Facebook
08/03/2013 - 08h49m

SUPERINTENDÊNCIA DA MULHER DESTACA ATENDIMENTO E COMBATE À VIOLÊNCIA

Redação

      A violência contra mulher é um dos principais problemas atendido pela Superintendência da Mulher, Direitos Humanos e Equidade de Palmas. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Tocantins, 2.069 mulheres foram agredidas no ano de 2012 na Capital, dessas houve a ocorrência 32 de mortes. Ainda de acordo com os dados 264 sofreram lesões corporais e 1.061 foram vítimas de ameaças. Os índices referem a mulheres a partir dos primeiros meses de vida.

      Desde 2005, Palmas possui o Centro de Referência Flor de Lis de Atendimento à Mulher em Situação de Violência. São atendidas no local, mulheres que sofreram agressão, ameaça ou violência. Também foi criada a Casa Abrigo de Mulheres em Situação de Violência e sob ameaça de morte. Para garantir a segurança das vítimas, o endereço do centro é mantido em sigilo.
      Segundo a superintendente da Mulher, Direitos Humanos e Equidade, Gleidy Braga, as vítimas são acolhidas e recebem alimentação, orientação jurídica, pedagógica e psicológica. As mulheres podem manter no mesmo local os filhos, de até 14 anos.

Agressores
      De acordo com Gleidy, de acordo com o levantamento feito pela Superintendência, a própria residência da vítima é o principal cenário das agressões, e os homens com os quais as mulheres se relacionam ou se relacionaram, marido, ex, namorado, companheiro, são os principais agressores. “Os dados mostram que o maior índice de violência ocorre contra mulheres de 18 a 64 anos, sendo a grande maioria violentada por seus parceiros. É um índice alto", destacou.

Atendimentos
      O diagnóstico situacional feito no início deste ano aponta que de 2005 a fevereiro de 2013, foram atendidas 1.624 mulheres pela equipe multidisciplinar do Centro, sendo que dessas, 393 precisaram ser abrigadas, muitas acompanhadas de seus filhos, ao todo foram 250 crianças. Para o atendimento das mulheres, a Prefeitura conta com apoio de diversas instituições e organizações não governamentais, que fazem parte da Rede de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência.

Ciclo de violência
      A superintendente explicou que em diversos casos as mulheres retornam para suas residências. “Hoje apesar das mulheres estarem denunciando mais a violência, a maioria ainda tem dificuldade em romper o laço com o companheiro agressor. A mulher muitas vezes não consegue se livrar da relação conflituosa. Existe a denúncia, fazemos todo o acompanhamento, mas em diversos casos elas não rompem o ciclo da violência", diz.
      Ainda de acordo com Gleidy, o maior desafio da Superintendência hoje além de romper com o ciclo de violência é proporcionar as mulheres condições financeiras para que as mesmas possam se tornar independentes. “Muitas mulheres acabam retornando para suas casas porque não possuem condições de criarem seus filhos e não terem condições de se sustentarem. Vamos trabalhar a autonomia das mulheres em todas as dimensões econômicas, ou seja, incluí-las no mercado de trabalho para romper com a violência”, explicou.

Educação
      Em 2011, 37.717 mulheres brasileiras entre 20 e 59 anos procuraram hospitais públicos em busca de atendimento, após terem sido vítimas de violência e maus-tratos. Esses dados constam do Mapa da Violência 2012, realizado pelo Centro Brasileiro de Estados Latino-americanos (Cebela) e pela Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso).
      Ainda segundo a superintende, além das políticas públicas para mulheres é necessário investir na educação. “Só políticas públicas e a legislação não são suficientes. Estamos elaborando um plano de ação para trabalhar junto com a Secretaria de Educação, pois é preciso ensinar as crianças que os direitos são iguais. É preciso que haja as mesmas possibilidades no âmbito profissional, assim como o respeito de sua diversidade racial e sua orientação sexual”, afirmou.

Deixe seu comentário:

BRK Campanha: Sites Tocantins 2024 - JANEIROClésioAvecomGPS