Seplan apresenta ao Coema estudo inédito sobre de Vegetação Nativa do Tocantins

A equipe de Zoneamento Ecológico-Econômico da Seplan - Secretaria do Planejamento e da Modernização da Gestão Pública, apresenta aos membros do Coema - Conselho Estadual de Meio Ambiente, nesta quarta-feira, 28, à partir das 14h, na Semades - Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, o resultado do Mapeamento das Regiões Fitoecológicas e Inventário Florestal do Tocantins.

O objetivo do trabalho foi fazer um diagnóstico detalhado das formações nativas do Tocantins, identificando sua distribuição geográfica, particularidades, potencial para aproveitamento econômico, diversidade florística, espécies raras e ameaçadas no intuito de subsidiar políticas públicas voltadas ao planejamento territorial e a conservação/preservação ambiental e uso sustentável da vegetação nativa no Estado.

Os resultados do estudo foram consolidados pela Coordenação de Zoneamento Ecológico-Econômico, na forma da série editorial Tocantins Recursos Naturais- Vegetação, que abrange nove relatórios técnicos com cerca de 2700 páginas, e mais de 120 mapas. Todas as informações estarão disponíveis ao público para consulta e cópia (download) na página da Seplan a partir desta sexta-feira, 30.

De acordo com o coordenador de Zoneamento Ecológico-Econômico, Rodrigo Sabino Borges, “o material já foi encaminhado para os conselheiros do Coema para análise, onde poderão fazer perguntas na apresentação oficial dos resultados.”

Dados da Pesquisa

O trabalho de mapeamento das regiõesfitoecológicas foi realizado por meio da interpretação de imagens de satélites de diferentes anos, com apoio de informações de clima, rochas, relevo e solos. Para identificar as unidades mapeadas foram também utilizados dados do inventário florestal executado de 2008 a 2011.

O inventário florestal foi realizado com base em metodologias técnicas consagradas, obtendo-se informações da vegetação nativa sistematizadas segundo as 30 bacias hidrográficas do Estado. O trabalho foi executado em etapas complementares, como levantamento de campo, análise dos dados do levantamento da vegetação, definição dos usos madeireiros e não madeireiros, e a elaboração de banco de dados da flora. Relatórios e mapas finalizaram as atividades.

O Mapeamento das Regiões Fitoecológicas resultou em um detalhamento mais preciso da vegetação nativa, onde foram identificadas três regiões fitoecológicas com cerca de vinte tipos de vegetação (fitofisionomias) e suas variações locais, além das áreas de contato (savana/floresta estacional e savana/floresta ombrófila) e ecótono (floresta estacional/ombrófila).

Por meio do Inventário Florestal foram executadas mais de 2.500 parcelas, coletadas cerca de 2.750 espécies vegetais férteis, depositados nos herbários do IBGE, Unitins e UnB, que resultou numa listagem florística contendo 3.698 espécies de plantas. Desse total de espécies, foram identificadas espécies ameaçadas, em risco de extinção, com habitat

restrito ao Tocantins, além de espécies consideradas raras no Brasil.