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21/02/2024 - 19h35m

FEMINICÍDIO

PARAUAPEBAS: Agente do Detran é condenado à prisão por espancar e jogar esposa de sobrado

Por Bico 24 Horas

Réu alegou que esposa havia cometido suicídio, versão que foi desmentida por peritos.

Agente do Detran acusado de feminicídio foi condenado a 20 anos de prisão (Foto: Reprodução)

Jurados acataram acusação e condenaram à 15 anos de prisão o agente do Departamento de Trânsito do Pará (Detran) Diógenes dos Santos Samaritano, acusado de matar a ex-esposa, em Parauapebas-PA. O julgamento ocorreu ao longo desta terça-feira (20).

A vítima foi espancada e depois empurrada do segundo andar da casa onde moravam em 2019, conforme a investigação.

Diógenes foi considerado culpado da acusação de homicídio qualificado com agravante do feminicídio. A pena base foi de 20 anos de reclusão, porém foi aplicada a redução do tempo que o réu já está na cadeia.

Ele está preso desde o dia 31 de março de 2019, data em que Dayse Dyana Souza e Silva foi assassinada. Ela tinha 35 anos e os dois tinham um filho de 4 anos de idade, na época do crime.

Com a redução de pena, Diógenes deverá cumprir 15 anos em regime inicial fechado e também perder o cargo público.

A promotora de justiça Magdalena Torres Teixeira, de Parauapebas participou do júri para reforçar a acusação e desconstruir a versão do réu de que a vítima teria brigado com o réu, supostamente o agredido e lhe cortado a mão.

Segundo a versão do acusado, teria havido uma discussão de no meio da briga, estava muito embriagado e por isso desmaiou e. Ainda de acordo com o réu, ao acordar não, ele viu mais a esposa que teria "se atirado pela janela" do sobrado onde vivia o casal, uma altura de mais de 4 metros.

A perícia, no entanto, constatou que não se tratava de suicídio, pelas lesões que a vítima apresentou. Assim, o resultado dos peritos apontou que houve crime de homicídio dentro do contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher.

Histórico de violência

O julgamento iniciou por volta de 9h da manhã no Fórum Criminal de Belém. No local, familiares e amigos da vítima se mobilizaram pedindo justiça.

Durante o Tribunal do Júri foram ouvidas testemunhas, entre elas, a psicóloga que atendeu o filho do casal. A criança presenciou o crime e detalhou as cenas durante as consultas.

Dayse Dyana Sousa e Silva (Foto: Reprodução)

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