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11/11/2015 - 20h52m

No Senado, Marcelo Miranda destaca representatividade do Brasil Central

Suzana Barros e Gisele França

Integrante do bloco de governadores do Brasil Central, Marcelo Miranda participou na manhã desta quarta-feira, 11, de audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo no Senado Federal, onde foi apresentado o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central.

Na ocasião, o governador do Tocantins, Marcelo Miranda, mostrou a força e a representatividade da região, que representa 25% do território nacional e uma população de aproximadamente 20 milhões de habitantes. “Um em cada dez brasileiros mora na região central do país. O PIB dos estados, que compõem este fórum, representa 11,27% da riqueza gerada no Brasil”, destacou ao comentar. “Em nossas terras, a economia do agronegócio é uma oportunidade de prosperidade para a reestruturação da economia nacional. Vinte e seis por cento desta força econômica são produzidos nos estados da região central do Brasil”.

Para Marcelo Miranda, o Consórcio é uma proposta inovadora de ação coletiva. “A nossa capacidade de agir de forma coletiva na busca de alternativas econômicas e sociais para a região central do país, permitiu a construção de instrumentos institucionais inovadores”, ressaltou o governador.

Presidente do Consórcio, o governador de Goiás, Marconi Perillo, reforçou a importância do apoio dos senadores. “Precisamos muito do apoio desta Comissão. Queremos discutir a questão do endividamento dos estados. Estamos confiantes de que este Consórcio deixará um forte legado no processo de desenvolvimento da região Central e consequentemente do país”, ressaltou Marconi Perillo ao reforçar: “Nossa criação é respaldada no federalismo cooperativo. Não iremos competir, mas cooperar entre nós. O Senado tem o papel de reforçar nossos propósitos.”

Anfitrião deste 5º Fórum dos Governadores do Brasil Central, Rodrigo Rollemberg, governador do Distrito Federal, lembrou-se dos temas que estão sendo debatidos no Senado e que impactam os estados, como os incentivos fiscais. “Precisamos de um diálogo mais aberto com o Senado, na questão do ICMS. Essa reforma preocupa a nós governadores. Vejo a importância do Senado no fortalecimento do Consórcio. Precisamos tratar pautas que prezem a igualdade”, declarou.

Para o governador do Mato Grosso, Pedro Taques, temos uma federação distorcida. “A União se apresenta com superioridade em relação aos estados. Para que possamos adquirir empréstimos, precisamos do aval da União. Os estados não passam de administradores de conta. Nos recursos do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste), precisamos defender nossas prioridades. Essa engenharia do Brasil Central é uma novidade. Queremos reivindicar nossos direitos constitucionais que não estão sendo respeitados”, argumentou Pedro Taques.

Idealizador do bloco Brasil Central e agora secretário-executivo do Conselho de Administração, o ex-ministro Mangabeira Unger disse que o Consórcio tem grandes significados, como a reinvenção do federalismo brasileiro. “A política regional tem que ser para todas as regiões, não apenas de compensações. A política regional deve ser construída de baixo para cima, pelas próprias regiões. Isso justifica o Consórcio”, pontuou Mangabeira que também citou como ponto importante a qualificação dos setores do agronegócio, a industrialização, logística, reforma na educação e na gestão pública.

Senado

Interlocutora da audiência pública, a senadora Simone Tebet, reconheceu a força do Consórcio. “Estou orgulhosa por esse papel de interlocutora. Temos no Congresso um Plano de Desenvolvimento Regional que vai ao encontro da proposta do Consórcio Interestadual Brasil Central. Dizer não para um estado isolado é uma coisa, mas para seis governadores, para 18 senadores com um mesmo propósito é outra coisa. Quero ver alguém dizer não a essa força”, enfatizou e citou a logística de transporte das regiões como uma preocupação. Para ela, “o Consórcio pode ser a grande solução econômica e social para a região”.

Presentes

Na comitiva do Tocantins também estavam presentes na audiência pública os secretários de Planejamento e Orçamento, David Torres; da Comunicação Social, Rogério Silva; e o procurador geral, Sérgio do Vale.

A próxima reunião do Fórum dos Governadores do Brasil Central será em Rondônia.

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