DESFECHO
Uma audiência realizada nesta quarta-feira (11), pode pôr fim na angustia dos maranhenses e dos parentes.
Quatro brasileiros, dentre eles três maranhenses, foram libertados após quase três meses presos na região de Imataca, na Venezuela, após terem sido flagrados trabalhando em um garimpo ilegal no país. A soltura dos quatro aconteceu após uma audiência realizada nesta quarta-feira (11).
Os maranhenses são Lucília Ferreira do Nascimento, da cidade de Poção de Pedras; Francisco Cunha Silva, de Bom Jardim e Samuel da Conceição, de Lagoa Grande do Maranhão. O trio foi preso pelo Exército da Venezuela em 26 de outubro, em uma área de garimpo, próxima a fronteira com a Guiana Francesa e cerca de 700 km de Caracas, capital da Venezuela.
No Maranhão, familiares e amigos dos maranhenses, afirmam que eles não tiveram direito à defesa e desde então, estão sendo submetidos à condições precárias e subumanas.
Em nota divulgada nesta quarta-feira (11), a Defensoria Pública da União (DPU) disse que está ciente do caso e, em dezembro do ano passado, entrou em contato com o Ministério das Relações Exteriores para prestar assistência aos cidadãos brasileiros, com proteção e garantia de direitos. Com a mudança no comando do ministério, o pedido foi reiterado nesta semana.
A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Maranhão (OAB-MA) também acompanha o desfecho da história, que estava sendo adiado pela precária relação diplomática entre Brasil e Venezuela.
O grupo de brasileiros deveria ficar presos na Venezuela por 45 dias, enquanto durassem as investigações do crime de mineração ilegal. Esse prazo venceu há quase um mês sem que eles conseguissem responder ao processo em liberdade. Só nesta quarta-feira, uma audiência reacendeu a esperança deles serem liberados pra voltar pra casa.
"Nós passamos o dia inteiro aqui esperando essa audiência acontecer, mas felizmente, graças a Deus, deu tudo certo na audiência e todos foram libertados. Amanhã os advogados entregarão os papéis para a gente poder sacar um permisso e cada um sair para seu país", informou Gracilda Ferreira, irmã da maranhense Lucília Ferreira.