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23/09/2013 - 15h45m

Mais de três mil alunos recebem atendimento especializado

Redação
 

      Diversidade é um conceito muito em pauta atualmente. E dela fazem parte, dentre outros, os portadores de necessidades especiais, que trazem à tona outra temática bastante em alta: a inclusão. Com base nestes princípios, a Escola Girassol de Tempo Integral Vila União, localizada em Palmas, vem desenvolvendo um trabalho de referência junto a estudantes com deficiências e transtornos globais, agindo em prol do aprimoramento acadêmico e até mesmo motor dos estudantes e, consequentemente, da inserção deles em contextos sociais diversos, tudo isto por meio das aulas ministradas na Sala Multifuncional.

      Atendendo a uma média de 32 alunos frequentes no atual semestre, a escola oferece a Sala Multifuncional no contraturno do aluno a ser assistindo, que já deve ser matriculado no Ensino Regular. Desta maneira, a carga-horária diária do estudante sobe de quatro horas regulares para seis horas, sendo duas delas na classe especial e com atendimento individualizado, conforme explica a diretora da unidade, Cleizenir Divina dos Santos. “Enquanto na turma regular o aluno cumpre cerca de quatro horas de atividades coletivas diversas, na sala multifuncional ele tem duas horas de trabalhos individualizados complementares, com a utilização de recursos voltados à necessidade de cada um especificamente, o que colabora com o desenvolvimento dos assistidos. Por isto é comum notar o quanto os alunos que frequentam a sala multifuncional melhoram o desempenho nas turmas regulares, ou até mesmo o desenvolvimento das condições motoras, ganhando autonomia em diversas atividades do dia a dia”, conta Cleizenir.

Processo de matrícula

      Conforme a diretora Cleizenir, a Escola atende não só a alunos da unidade, e são apenas duas as exigências para que haja a matrícula do novo aluno na Sala Multifuncional. “Nós procuramos atender a todos os casos que chegam; as únicas exigências são que o aluno já esteja matriculado em uma turma regular e que os pais ou responsáveis apresentem um laudo descritivo sobre as reais condições e dificuldades do estudante. Este laudo é importante porque é a partir dele que sabemos qual o tipo de necessidade de cada aluno, se ele é medicado, qual é o perfil comportamental dele; tudo isto ajuda a atender cada caso da melhor maneira possível”, afirma a educadora.

Satisfação e conscientização

      Atuante na Educação Especial há 15 anos, Terezinha do Livramento Carvalho Alves atende, junto com a professora Keila Ferreira de Sousa, aos 32 alunos hoje matriculados na Sala Multifuncional, o que para ela é motivo de muita satisfação. “Aqui, nós atendemos a alunos com déficit intelectual, que muitos chamam de ‘dificuldade de aprendizagem’, outros com limitações visuais graves, cadeirantes, deficientes múltiplos. Estou desde 1998 na Educação Especial; comecei na Apae, onde trabalhei por sete anos e gosto demais do que faço aqui. É uma enorme satisfação ver o aluno se desenvolver, ganhando confiança, autoestima; eu acredito muito no potencial desses alunos”, exalta a professora.

      Para a educadora, porém, ainda falta conscientização por parte de muitos familiares da importância de um acompanhamento pedagógico diferencial para as crianças e jovens especiais. “Infelizmente, tem família que não acredita também na capacidade dos filhos com necessidades especiais e os escondem em casa por ter vergonha deles. Se os próprios pais não reconhecem a importância de o filho ser amparado, como podemos ajudar? Por isto precisamos da colaboração das famílias para trazer os alunos; só assim vamos ter a chance de melhorar a qualidade de vida deles e deixá-los mais felizes”, ressalta Terezinha.

Especialmente motivados

      Veterano na turma, Lincon Cardoso Loiola cursa o 6º ano regular do Ensino Fundamental e reconhece o quanto aprendeu na turma especial. “Eu aprendo muitas coisas aqui, mais ainda matemática. As explicações que eu não entendo na sala com os outros alunos, a professora aqui me explica até eu entender. Depois que eu comecei aqui, eu melhorei muito, e a turma é muito amiga, um ajuda o outro; é bem legal”, conta o aluno de 14 anos.

      Já Allyne Anastácia da Silva, de 17 anos, é novata na Sala, chegando na turma no início de 2013. Apesar do pouco tempo, a aluna já nota muitas melhorias. “Quando eu vim, eu tinha muito mais dificuldade; agora eu já estou dando conta de ler, de fazer as tarefas sozinhas, e isto está me ajudando na outra sala, nas outras turmas, ainda mais nas minhas matérias prediletas, que são Português e Matemática”, afirma a estudante do 9º ano do Fundamental no Regular da Escola Vila União.

Educação Especial no Tocantins

      O Tocantins possui, ao todo, 312 turmas em 147 unidades escolares de 82 municípios espalhados por todas as 13 Diretorias Regionais de Gestão e Formação. No total, 202 professores atendem aos cerca de 3030 alunos tocantinenses com necessidades especiais.

Oficina sobre a Sala Multifuncional

      Acontece nesta próxima quarta-feira, 25, no auditório da Diretoria Regional de Gestão e Formação (DRE, localizada na Avenida Teotônio Segurado, Quadra 501 Sul, Conjunto 01, Lote 15, em Palmas), uma oficina voltada a educadores que atuam em salas multifuncionais. As atividades estão previstas para ocorrer das 8 às 12 horas e das 14 às 16 horas.

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