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27/09/2013 - 10h53m

Mãe que procura filho há 25 anos terá DNA em banco genético internacional

Redação

A professora Zulmira Gonçalves e o marido, Isael Sérgio Mateus, que tiveram o filho Sérgio Leonardo, de um ano e oito meses, sequestrado na cidade de Porto Nacional, em 28 de setembro de 1987, terão os seus exames de DNA em um banco de dados internacional de material genético, da Polícia Federal, que possibilita o cruzamento de informações com pessoas de outros países.

Na tarde desta quinta-feira (26), Zulmira e Isael foram recebidos por uma perita criminal. A solicitação dos exames foi da Secretaria de Segurança do Tocantins. No laboratório, os peritos coletaram saliva e sangue do casal, além disso, eles entregaram todos os documentos reunidos pela família nesses 25 anos em que procuram por Sérgio Leonardo.

A perita Patrícia Bonilha de Toledo Piza disse que esse é um primeiro passo. “Aí sim vamos seguir pra uma segunda etapa da viabilidade de intercambio dessas informações.”

O recolhimento de material genético aconteceu depois que Zulmira se reuniu com o secretário de Segurança Pública do Tocantins, José Elieú Jurubeba, no dia 30 de agosto. Zulmira alega que, na época, o inquérito foi aberto, mas que houve pouco empenho da polícia para resolver o caso, diante das suspeitas que existiam.

Ela participou também, no dia 27 de agosto, em Brasília, da Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara dos Deputados destinada a investigar o tráfico de pessoas no Brasil. A audiência contou com a presença dos delegados que investigaram os caso, em 1987. A expectativa agora é que o pedido de acareação sobre o sequestro do filho, Sérgio Leonardo aconteça.

A criança desapareceu quando brincava com parentes. Na época, foi feito um registro na delegacia e a família iniciou a investigação. O inquérito foi reaberto em 1991 e arquivado 17 anos depois. Conforme apuração, o empresário Pedro Izar Neto foi o acusado de raptar a criança junto com três funcionários. Ele tinha terras na cidade, desde 1982, e vendeu a propriedade nove meses depois que foi denunciado por um dos cúmplices. Pedro Izar já foi ouvido pela CPI, em São Paulo, e negou participação no sequestro.

EsperançaA família suspeita que dois jovens no exterior podem ter sido raptados do Brasil na mesma época em que Sérgio Leonardo desapareceu. “Eu tenho essa criança da Itália, quando ela foi, ela foi bebê e tem muitas semelhanças conosco. E agora adulto eu encontrei um jovem de Israel. Em princípio ele falou que gostaria de fazer o DNA comigo.”

Com o material colhido, o pai de Sérgio Leonardo continua com esperanças. “Antes a gente não conseguia fazer isso aí [exame]. Hoje está evoluindo e acho que é uma grande possibilidade para que a gente possa encontrar”, disse.

Zulmira acrescentou que vai enviar o material para outras entidades que investigam casos de desaparecidos. “Caso a gente encontre um jovem que se identifique, que tenha semelhança conosco, que possa ser o meu filho, ele pode colher o seu próprio material e mandar para o laboratório em São Paulo”, conclui.

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