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17/09/2015 - 19h55m

Greve dos Correios afeta atendimento em Ananás e Riachinho

Redação

O primeiro dia de greve dos trabalhadores dos Correios afetou, principalmente, quem mora no interior do Estado. Três agências, localizadas nas cidades de Peixe, região Sul, Riachinho e Ananás, ambas do Bico do Papagaio, ficaram fechadas e não ofertaram atendimento à população ontem. O Sindicato dos Trabalhadores na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos do Tocantins (Sintect) estima que funcionários de 80 das 151 agências aderiram à paralisação, mas nem todas fecharam as portas.

O secretário-geral do Sintect, José Aparecido Rufino, explicou que as agências estão remanejando funcionários para manter o serviço. “Muitos dos que trabalham no administrativo estão descendo para as agências para atendimento. E isso não acontece no interior do Estado, pois em muitas das agências até os gerentes aderiram à greve, e as portas foram fechadas”, explicou. Na Capital, funcionários de três das nove agências paralisaram, mas ainda assim o atendimento ontem foi normal.
Com o fechamento das unidades, ficam suspensos os serviços bancários, postagem, entrega de encomendas, cartas e outros documentos. Rufino destacou que a unidade mais afetada na Capital foi o centro de distribuição, onde apenas 13 dos 80 funcionários trabalharam ontem. Os carteiros que estavam de braços cruzados passaram o dia jogando cartas.
Para a técnica em enfermagem Soraya Remígio Coelho, 47 anos, que precisou do serviço da agência da Avenida JK, em Palmas, a paralisação compromete a agilidade dos serviços das agências. “Sei que a greve é um direito de todos, mas essa redução de funcionários atrasa muito o atendimento. Até que hoje o atendimento não foi demorado, mas a tendência é demorar”, disse.

REIVINDICAÇÕES
Rufino explicou que o movimento grevista é nacional e segue sem previsão para término. A categoria reivindica melhorias salarias e mais segurança. “Na madrugada de segunda-feira, tivemos outro roubo na agência de Tocantínia. Só neste ano já foram mais de 40 casos no Estado”, disse.
Segundo a Diretoria Regional dos Correios, as adesões à greve, na Capital, foram pontuais, mas não comprometem o atendimento. Ontem, a administração central iria fazer um levantamento nas agências do interior do Estado. Em nota, a diretoria informou que a empresa está tomando as ações necessárias para que haja a completa normalização dos serviços a seus clientes no menor prazo possível.
No Tocantins, a nota informa que 83% dos empregados trabalharam normalmente. E, para minimizar os efeitos da paralisação, empregados da área administrativa foram realocados para realizar entrega de encomendas, na cidade de Palmas. A diretoria disse ainda que notificou o Sintect para que mantenha o número mínimo de empregados trabalhando, em cumprimento à Lei nº 7.783/98 (Lei de Greve).

PROPOSTA
Os trabalhadores que optaram pela greve votaram contra a proposta apresentada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Ela prevê R$ 200,00 de aumento linear para todos os trabalhadores, em forma de gratificação, a ser paga da seguinte maneira: R$ 150,00 a partir de agosto de 2015 e mais R$ 50,00 a partir de janeiro de 2016, com incorporação de 25% dos R$ 200,00 em agosto de 2016; reajuste de 9,56% nos benefícios vale cesta, vale-alimentação/refeição, auxílio para dependentes especiais e auxílio creche/babá a partir de agosto de 2015; incorporação de R$ 150,00 da Gratificação de Incentivo à Produtividade, que segundo os Correios, já está sendo paga desde o ano passado, sendo R$ 100,00, em janeiro de 2016, e R$ 50,00 em maio de 2016, e a manutenção do plano de saúde como está hoje (cláusula 29 do atual acordo coletivo).
Segundo os Correios, a proposta foi aceita por 16 dos 36 sindicatos da categoria: Acre, Pernambuco, Roraima, Goiás, Alagoas, Amapá, Paraná, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Santa Maria (RS), Uberaba (MG), Juiz de Fora (MG), Ribeirão Preto (SP) e Santos (SP). Sergipe, embora tenha rejeitado a proposta do TST, não deflagrou paralisação.

Reivindicações
â–  Reajuste salarial
■ Manutenção do plano de saúde
■ Melhorias nas condições de trabalho
■ Implantação de medidas de segurança nas unidades

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