Governo firma parcerias para desenvolvimento econômico

      Ao lado de representantes do empresariado tocantinense, o Governador Siqueira Campos assinou na manhã desta terça-feira, 21, termo de cooperação que beneficiará a categoria através da desburocratização dos processos e do fomento das feiras de negócios em todo o Tocantins. O objetivo do Estado é incentivar o empreendedorismo, principalmente entre os micro e pequenos empresários.

      Ao abrir a solenidade, o Governador comemorou as iniciativas voltadas ao empresariado e frisou a necessidade de investimento principalmente nos empreendedores de menor porte. “Quando fortalecemos a economia, chegam oportunidades principalmente para aqueles que mais precisam que são os mais pobres”, destacou.

      Entre as ações assinadas pelo Governador, estão a implementação da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim), que tem como objetivo desburocratizar os processos de abertura, regularização e fechamento de empresas. A Redesim é parte do Projeto Integrar, que conta ainda com outros eixos de ação, como a capacitação de profissionais e consultoria na área de informática para a instalação do sistema.

      Para o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Inovação, Paulo Massuia, a digitalização dos processos facilitará a vida dos empresários que são, segundo o Governador, “a locomotiva do desenvolvimento do Estado”. Na ocasião, o secretário explicou que a meta é diminuir o período de espera de 90 para sete dias. “Identificamos, através de pesquisa, que a segunda maior demanda do nosso empresariado é a desburocratização dos processos. Hoje, o empresário que queira abrir ou encerrar seu empreendimento precisa ir até a Junta Comercial do Tocantins, protocolar o processo para depois passar por mais sete instituições com a mesma documentação. Com sorte, se tudo correr perfeitamente, em 90 dias ele consegue finalizar o processo”, explicou.

Fomento para feiras

      Para as feiras de negócios do Tocantins, o termo de cooperação entre Governo do Estado e Sebrae potencializará a característica econômica desses eventos, cada vez maiores no Tocantins. Para o presidente da Federação das Associações Comerciais e Industriais do Estado do Tocantins (Faciet), Pedro Ferreira, a parceria com o Governo do Estado e outras instituições voltadas ao setor vai gerar maior movimentação financeira para as feiras de negócios. “As feiras são locais de negócios. E com a vinda do Governo e do Sebrae, teremos resultados melhores para os nosso empresários”, disse.
      Paulo Massuia destacou que nunca no Tocantins se pensou tanto no micro e no pequeno empresário. De acordo com o secretário, serão investidas nas feiras, através da parceria com o Sebrae, R$ 3 milhões nas feiras de negócios do Tocantins. Segundo o titular da Sedecti, serão R$ 1,5 milhão do Fundo Estadual de Desenvolvimento Econômico e a outra metade, como contrapartida do Sebrae. “Assim, nós aumentamos em cerca de 60% os investimentos nessas feiras. Traremos inovação, profissionalização, melhoraremos as montagens, as palestras e implantaremos rodadas de negócios”, salientou.

      Atualmente são realizadas sete feiras de negócios no Estado e que receberão incentivos para capacitação dos profissionais e para o fomento de rodadas de negócios, aumentando o volume de transações e, consequentemente, a circulação de receitas pelos eventos. De acordo com o secretário, serão beneficiadas feiras como a Agrotins (Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins), a Fenepalmas (Feira de Negócios de Palmas), a Fenecol (em Colinas) e a Feneva (em Paraíso).

Geração de emprego

      De forma direta, essas ações afetarão a geração de emprego e renda, pois potencializam a ação dos principais empregadores do Estado. Conforme a superintendente do Sebrae no Tocantins, Márcia Rodrigues, os pequenos e micro empresários representam mais de 99% do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) no Tocantins. “Apenas em 2012, 70% das vagas criadas no mercado de trabalho vieram deste empresário. E nos primeiros meses de 2013, este índice se manteve”, apontou.

      Para a superintendente, a aprovação da Lei Geral da Micro e Pequena empresa foi ponto preponderante para o aquecimento do setor. “Estamos somando esforços agora para que a Lei Geral seja implementada também nos municípios”, complementou.