Ex-deputado federal do Pará é condenado a 9 meses de prisão por ofensas a artistas

Wladimir Costa foi condenado a nove meses de prisão, pelo crime de injúria, cometido em 2017.

O ex-deputado federeral do Pará, Wladimir Costa, conhecido como 'Wlad', foi condenado por ofensas contra os artistas Wagner Moura, Letícia Sabatella, Sônia Braga, Glóra Pires e o marido dela, Orlando de Morais. A decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) foi divulgada na terça (25).

Wlad também terá que pagar R$ 5 mil em custos decorrentes do processo e de honorários sucumbenciais, quando a parte perdedora é obrigada a arcar com os honorários do advogado da parte vencedora. Em uma rede social, Wlad se manifestou sobre a condenação: "Não retiro nenhuma vírgula do que falei".

As ofensar ocorreram em julho de 2017. Wlad, que era filiado ao partido Solidariedade, mencionou os artistas ao fazer referência ao movimento '342 Agora', que tinha integrantes da classe artística.

O movimento pedia que parlamentares fossem a favor da aceitação da denúnica de corrupção feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o então presidente Michel Temer (MDB).

Na decisão do TJDFT, Wlad foi condenado a nove meses de prisão por injúria. Na época, ele disse que os artistas eram "vagabundos" pelo uso dos fundos da lei Rouanet. No discurso, falou que Wagner Moura era um "ladrão" e trocou o nome de Letícia Sabatella por "Letícia Mortadela".

Além disso, o ex-deputado ainda fez acusações contra Glória Pires e disse que o marido dela, o músico e cantor Orlando de Morais, "nunca fez sucesso".

A decisão aponta que Wlad deve cumprir a sentença em regime inicial aberto. Mas o acusado pode recorrer a pena restritiva de direitos.

No posicionamento sobre a condenação, publicado em uma rede social, Wlad, que voltou para a carreira artística como cantor, disse que a lei Rouanet deveria ser voltada à artistas pequenos e não para famosos.

"A vossa excelência, meritíssimo juíz federal que me condenou a pena de prisão, informo que acato vossa decisão como um bom cidadão, mas não retiro uma única vírgula do que falei. Minha mochila está pronta e um saco cheio de livros para puxar essa cana se necessário for, após nossos recursos que ainda serão impetrados pelos meus amigos advogados", finalizou.