FEMINICÍDIO
Rony Veras é acusado de matar Ianca Amaral, em Dom Pedro-MA; feminicídio aconteceu em abril do ano passado.
A Polícia Civil do Maranhão deu cumprimento, nesta quinta-feira (23), ao terceiro mandado de prisão preventiva contra o empresário Rony Veras, que é acusado de matar com seis tiros a própria esposa, identificada como Ianca Amaral, de 26 anos. O crime aconteceu no dia 22 de abril de 2022, em Dom Pedro-MA.
O novo mandado de prisão preventiva contra o empresário foi expedido pela juíza Arianna Rodrigues de Carvalho Saraiva, da Vara Única da Comarca de Dom Pedro. Na decisão, a magistrada justifica a prisão de Rony Veras devido à gravidade do crime e a periculosidade do réu.
“A gravidade concreta da conduta delituosa e a periculosidade do paciente indicam que a ordem pública e a aplicação da lei penal não estariam acauteladas com a manutenção de sua soltura”, diz a decisão.
A decisão também foi baseada em um novo pedido de prisão preventiva de Rony Veras feito pelo Ministério Público do Maranhão (MP-MA) nos autos do processo.
“Ministério Público Estadual traz aos autos o pedido de prisão preventiva, tendo por referência as suas sucessivas manifestações pela manutenção da prisão, e neste momento, a irresignação da Procuradoria-Geral de Justiça, nos autos do Habeas Corpus nº 0820123-64.2022.8.10.0000, o qual pende de análise o Recurso Especial interposto em detrimento da concessão de liberdade ao Acusado/Paciente”, explica a magistrada em sua decisão.
Há menos de 10 dias, uma decisão da Justiça decidiu manter em liberdade o empresário Rony Veras, que estava solto desde de dezembro do ano passado.
Ao longo do processo, o habeas corpus apresentado pela defesa do réu foi negado três vezes pela Justiça, mas em 6 de dezembro de 2022 houve uma mudança no entendimento do Ministério Público, que se manifestou favorável pela soltura de Rony pela primeira vez, e ele passou a responder ao processo em liberdade.
Rony Veras ficou em liberdade até 19 de janeiro de 2023, quando foi novamente preso por um pedido dos advogados contratados pelos irmãos da vítima, mas a decisão não durou muito. A Justiça entendeu que o pedido precisava ser feito pelo Ministério Público, autor da Ação. Ele foi solto novamente no dia 11 de fevereiro, apenas 25 dias depois de ser preso.
Na nova decisão, a Justiça acatou o novo pedido de prisão preventiva de Rony Veras feito pelo MP-MA.