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27/11/2021 - 19h20m

FISCALIZAÇÃO

Darcinópolis e mais sete cidades do TO perdem mais de 22,9 mil doses de vacinas da Pfizer

Redação

Fiscalização foi realizada pelo MPTO em Darcinópolis, Wanderlândia, Piraquê, Araguaína, Muricilândia, Santa Fé do Araguaia, Aragominas e Nova Olinda do Tocantins.

22.987 doses de vacina da Pfizer foram perdidas no Tocantins (Foto: Francisca Coelho/MPTO)

O Ministério Público do Estado do Tocantins (MPTO), por meio do Centro de Apoio Operacional da Saúde (CaoSaúde), fiscalizou os municípios integrantes das comarcas de Araguaína e Wanderlândia, a pedido dos promotores de Justiça Bartira Silva Quinteiro e Rui Gomes Pereira da Silva Neto, a fim de verificar o andamento da campanha de vacinação contra a Covid-19, e apurou que os entes municipais, juntos, perderam 22.987 doses de vacina da Pfizer.

A coordenadora do CaoSaúde, a promotora de Justiça Araína D’Alessandro, explicou que “as inspeções às unidades de vacinação fazem parte da estratégia de fiscalizar e acompanhar as ações dos municípios, garantindo apoio técnico e operacional aos promotores de Justiça”, destacou.

Nas vistorias, foram observados aspectos como estrutura física e segurança dos locais de vacinação; transporte, recebimento, conferência e armazenamento das vacinas; capacitação das equipes de vacinação; registros dos dados de vacinação; intercorrências no processo de vacinação; publicidade dos dados da vacinação; além de apurar a quantidade de vacinas recebidas e aplicadas e aferir o quantitativo de vacinas armazenadas.

Dentre as irregularidades verificadas, observou-se que o município de Araguaína perdeu 22.597 doses; Muricilândia, 122 doses; Santa Fé do Araguaia, 72 doses; Aragominas, 60 doses; e Nova Olinda do Tocantins, 12 doses.

A promotora Bartira, da 5ª Promotoria de Justiça de Araguaína, explicou sobre o que motivou a inspeção em Araguaína. “Fomos comunicados pela Secretaria de Saúde de Araguaína sobre a grande quantidade de vacinas que estavam em estoque e da estratégia utilizada para acelerar e otimizar a aplicação dessas doses. Na ocasião, a Secretaria Municipal nos informou que tinha solicitado à Secretaria Estadual de Saúde que não enviasse novas remessas de doses de vacina, pelo menos naquele momento em que o estoque estava alto. E nossa orientação foi no sentido de ampliar o público para receber as doses de reforço, a fim de evitar perda, assim como determina o Ministério de Saúde”, enfatizou.

Segundo Bartira, somente após a fiscalização ela tomou conhecimento sobre as doses que foram perdidas. “Diante disso, estou aguardando o relatório final do CaoSaúde para reunir com a Secretaria de Saúde de Araguaína e avaliar as providências que serão adotadas”, ressaltou a promotora de Justiça.

Comarca de Wanderlândia

Equipe técnica do CaoSaúde realizando as fiscalização (Foto: Francisca Coelho/MPTO)

Já na comarca de Wanderlândia, foram 124 doses de vacinas que deixaram de ser aplicadas, pelos municípios de Wanderlândia, Darcinópolis e Piraquê. O promotor de Justiça Rui Gomes Pereira da Silva Neto esclareceu que o pedido de inspeção decorreu da necessidade de se averiguar a regularidade da campanha de vacinação.

Ele explicou sobre a importância do apoio técnico e operacional do CaoSaúde. “O relatório do CaoSaúde é uma base técnica essencial para se aferir possíveis dificuldades enfrentadas pelos municípios no recebimento e disponibilização das vacinas, e contribui com a prestação eficiente do serviço de saúde”, informou o Dr. Rui.

Como encaminhamento, o CaoSaúde enviará os relatórios das fiscalizações às Promotorias de Justiça das comarcas para que os promotores tomem as providências necessárias em relação à campanha de vacinação contra a Covid-19, a fim de que os municípios evitem a perda de imunizantes.

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