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30/07/2012 - 16h49m

Confinamento de bovinos de corte apresenta vantagens econômicas

Redação

      O confinamento de bovinos de corte é uma atividade que cresceu acentuadamente nos últimos 15 anos no Brasil. Atualmente estima-se que o Brasil tenha de 1,5 a 2,5 milhões de bovinos confinados para abate por ano. Uma pequena parcela se comparar este número, à quantidade de animais abatidos terminados em pastagens, que é de 32 a 36 milhões de cabeças/ano. No Tocantins o setor está em expansão, possuindo de 90 a 100 mil cabeças de gado criado no sistema de confinamento, concentrados nas regiões de Araguaína, Gurupi e Paraíso.

      De acordo com o diretor de sustentabilidade do Agronegócio da Seagro - Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, Corombert Leão de Oliveira, pela movimentação do mercado com a valorização do preço da arroba, os produtores estão cada dia mais interessados na criação de bovinos em confinamento. “A criação de bovino em confinamento tem várias vantagens econômicas, podemos citar como benefícios a redução da idade e do ciclo de abate; aumento da taxa de desfrute; aumento da taxa de lotação e da produção de arrobas. E ainda, alta produtividade de se conseguir melhor preço de venda”, destaca.

      Segundo o diretor, fatores como disponibilidade de bons animais e alimentos, preços, mercado futuro para a carne e ótima gerência são condições básicas e essenciais para a adoção desse sistema de produção. “O confinamento é caracterizado por ser uma atividade que exige investimentos mais elevados, quando comparados a sistemas de terminação em pastagens. No entanto, o retorno financeiro sobre o capital investido, pode ser muito elevado, quando a atividade é realizada com critério e eficiência, observando que o prazo de retorno do investimento é em longo prazo”, frisa Oliveira.

Experiência

       A fazenda Brejinho, no município de Pedro Afonso é referência em sustentabilidade. O empresário rural, João Damasceno de Sá Filho, implantou na propriedade o sistema de integração lavoura/pecuária e adotou o confinamento de bovinos no período de seca (junho a outubro) há quatro anos. “São mais de 600 cabeças/ano. Geralmente compro bezerro para recria, sendo que, parte deles é terminada a pasto e parte em confinamento. Confinar os animais alivia os pastos no período mais crítico do ano, acelera o ciclo de produção, e permite o abate de animais mais jovens com carcaça bem acabada”, destaca.

      O produtor concorda que o custo do confinamento é elevado e depende das condições de cada propriedade. “O que torna a atividade rentável é, principalmente, a alta do preço da arroba do boi nos meses finais da entressafra (agosto-novembro). Escolhemos o confinamento porque como trabalhamos com lavoura, após a colheita da safra é preciso desocupar a área, e também porque produzimos o volumoso da dieta dos animais”, argumenta Sá Filho, reforçando que toda produção da safrinha é destinada para a alimentação do gado, reduzindo assim, boa parte do custo.

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