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24/04/2019 - 11h18m

REIVINDICAÇÃO

Cerca de 600 alunos seguem há duas semanas sem aulas em Riachinho

Servidores da educação reivindicam direitos em greve (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Cerca de 600 alunos estão sem aula há duas semanas no município de Riachinho. Os professores e outros servidores da educação municipal iniciaram a paralisação no dia 9 deste mês, mas até agora não houve um acordo com a prefeitura. A reivindicação é por melhorias salariais. Os profissionais alegam que a prefeitura reduziu há cerca de um ano e meio o salário em 20%. Eles estariam sem reajuste, recebendo a mesma remuneração em 2014.

Pais se dizem preocupados com a paralisação das aulas nas escolas de Riachinho (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

A trabalhadora rural Valéria Gomes se emociona ao ver os dois filhos parados em casa. Os dois garotos estudam na mesma escola, mas estão sem aula desde o início do mês. "Eu morava na roça e vim para cá por conta de estrada, a chuva atrapalha muito o ônibus entrar para buscar os meus filhos. Aí vim morar na cidade e estou nessa situação, com os filhos sem estudar", relatou.

A única escola infantil da cidade atende cerca de 600 alunos, mas há duas semanas o prédio está vazio. São mais de 60 servidores. Parte deles vai para a frente da escola diariamente, como forma de manifestação.

"Quando a gente fez a nossa primeira proposta, nós aguardamos praticamente dois anos uma resposta e não obtivemos. Devido a esse silêncio da gestão, nós resolvemos paralisar", explicou a professora Lilian Feitosa.

O professor de história Francisco Balisa trabalha nessa escola há 21 anos. Mesmo tendo feito especialização na área, o salário dele é de R$ 2.688. Segundo o professor, com a progressão deveria ser de R$ 3,9 mil. "A gente só queria, nada mais nada menos, que fizesse essa regulamentação para que a gente pudesse se sentir mais valorizado e trabalhar com mais vontade".

Alguns dos professores que dão aula numa escola da zona rural também aderirem à greve. "Nossa briga é para legalizar o nosso direito que de fato, é direito nosso, nós lutamos, estudamos para chegar nessa posição", disse a professora Antônia Reis. (Com informações do G1)

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