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07/10/2013 - 08h59m

Catira e Sússia também marcam a última noite de comemorações do 25º aniversário do Tocantins

Redação

Neste domingo, 06, segundo e último dia de celebração pelos 25 anos de criação do Tocantins, os grupos Catireiros de Natividade, de Catira, e Mãe Ana, de Sússia, se apresentaram em frente ao Palácio Araguaia e mostraram ao público presente a riqueza artística do povo tocantinense. Reconhecidas como patrimônio cultural do Estado, ambas as manifestações tornaram ainda mais belo o festejo em homenagem ao 25º aniversário do Tocantins.

Originada das festas de Folia, como as do Divino e dos Reis, a Catira envolve apresentações de violas, pandeiros e canções que descrevem os cenários cotidianos dos catireiros. Um dos fundadores do grupo de Natividade, criado há 17 anos, Belarmino Rumão Ferreira comemorou a oportunidade de se apresentar na festa de aniversário do Estado. “Se apresentar nesta ocasião significa muito, porque a gente também canta o Tocantins, que é homenageado em muitas composições minhas e de outros catireiros. É como se a gente já viesse se preparando para esta ocasião sem mesmo saber que um dia teria esta oportunidade de poder cantar músicas em homenagem ao Estado no aniversário dele. Eu sou Nato, nascido em Natividade, e eu pude acompanhar o crescimento do Tocantins, o desenvolvimento nas áreas da saúde, da educação e até da cultura, com a divulgação da Catira e de outras manifestações; por isto acredito que vamos ter um futuro ainda mais maravilhoso e rico em conquistas se conseguirmos olhar para o outro com igualdade, pois nesta terra todos devemos ser iguais”, afirmou Belarmino.

Alegria de espírito
Seguindo a tradição dos escravos artistas que dançavam e cantavam o cotidiano, o grupo de Sússia Mãe Ana, que já tem 13 anos de fundação, também comemorou o reconhecimento do valor cultural do movimento, que muito tem a ver com a personalidade do povo tocantinense, segundo explicou Felisberta Pereira da Silva, coordenadora e uma das fundadoras do grupo também nascido em Natividade. “Nós somos do pé da serra, de Natividade, a cidade mais velha do Tocantins e que já teve mais de 40 mil escravos. E a Sússia é parte do que herdamos deste povo que era sofrido, mas mantinha o espírito alegre. E estar hoje aqui é motivo de muita satisfação para todos nós, porque o Governo nos reconhece como manifestação cultural típica tocantinense, inclusive já fomos para diversos lugares fora do Estado para representar o Tocantins, e este reconhecimento é muito importante. E assim como o povo escravo que não deixava a alegria morrer, não importasse o quanto o coração sangrasse, o povo tocantinense também passou por 25 anos de lutas, mas de muitas vitórias e conquistas, e sempre de maneira alegre; e é justamente isto que buscamos preservar com a nossa cultura, passando a mensagem que devemos sempre pensar positivo, porque assim ele vem até a gente. Por isto devemos nos manter alegres para que venham muitos novos anos de alegrias para os que são do Tocantins”, filosofou a Dona Felis, como é mais popularmente conhecida.

São João fora de épocaNa mesma noite das apresentações da Catira e da Sússia também ocorreu a apresentação do grupo junino palmense Caipiras do Borocoxó, atual campeão nacional de quadrilhas juninas, fazendo da festa um verdadeiro São João fora de época para o público presente.

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