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19/07/2012 - 10h27m

Apontando ameaça, mãe de desaparecido denunciou Sargento preso: PM apura porquê 6º Batalhão não abriu procedimento

Redação
 

      O 6º Batalhão da Polícia Militar da Capital não instaurou procedimento para apurar denúncias de intimidação que teriam sido praticadas pelo Sargento Samuel Godinho. A denúncia foi feita no dia 5 de maio pela dona de casa Marli Carvalhinho, mãe do adolescente Lucas Carvalhinho e tia de Adriel Oliveira, desaparecidos desde fevereiro. Hoje, Godinho está preso no quartel da PM, acusado da morte do ex-presidiário Gilson e tentativa de assassinato na viúva da vítima. O Comando Geral da PM informou que apura o porquê do procedimento não ter sido instaurado. O 6º Batalhão da Polícia Militar da Capital deixou de instaurar procedimento para apurar denúncias de ameaças contra a família do adolescente Lucas Carvalhinho de Oliveira, desaparecido desde fevereiro deste ano, que teriam sido feitas pelo Sargento Samuel Godinho.

      Hoje, Godinho encontra-se preso no quartel da PM acusado pelo assassinato do ex-presidiário Gilson Pires e pela tentativa de assassinato da viúva da vítima, Vanessa de Sousa, ocorrida no dia 25 de maio deste ano.

      A dona de casa Marli Carvalhinho, mãe do adolescente Lucas, e tia de Adriel Oliveira, também desaparecido desde fevereiro, denunciou ao Site Roberta Tum que após o desaparecimento dos menores procurou o 6º Batalhão para registrar uma queixa contra o Sargento por intimidação.

Relatos

      De acordo com a mãe, seu filho havia relatado que ele e seu primo já haviam sido agredidos e recebido ameaças de morte por parte do Sargento Godinho. “Após o desaparecimento do meu filho, Godinho passou diversas vezes na frente da minha casa fazendo gestos de ameaças”, contou Marli.

       Ainda segundo Marli, Lucas e Adriel viviam sob constantes ameaças do policial. “Diversas vezes ele ameaçou os meninos dizendo que assim que Adriel completasse 18 anos, daria um fim nele”, afirmou Marli ao Site Roberta Tum.

      A mãe contou também que os jovens tinham envolvimento com drogas e que o policial sempre os abordava para tomar os entorpecentes. “Os meninos contaram que foram abordados diversas vezes pelo policial que tomava as drogas dos meninos e ainda reclamava que a quantidade era pouca”, contou a mãe.

Ameaças

      Marli informou ainda que após o desaparecimento de Lucas e Adriel, o policial passava constantemente em frente a sua casa fazendo ameaças. “Ele ameaçava os meninos da rua dizendo que ia acontecer com eles o mesmo que aconteceu com os outros. Eu até fui ao batalhão e registrei um Boletim de Ocorrência contra ele”, afirmou a mãe.

Com esperança

      Ainda segundo a mãe, a família nunca mais teve notícias de Lucas e Adriel. “Tenho esperanças que meu filho e meu sobrinho ainda estejam vivos. Tudo o que é dele ainda está no mesmo lugar esperando por sua volta”, afirmou Marli.

PM confirma denúncia

       Em nota encaminhada ao Site Roberta Tum, o Comando Geral da Polícia Militar confirmou a denuncia e informou que foi aberto um procedimento para apurar o fato. “O Comando Geral da PM instaurou procedimento no sentido de apurar por que motivo o 6º Batalhão da PM não instaurou procedimento para apurar a denúncia da senhora Marli Carvalhinho, visto que foi colhido o termo de declaração na data de 02/05/2012, naquela unidade militar”, consta em nota.

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