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20/09/2015 - 13h16m

09 prefeitos do Bico já trocaram de partido

Dos 25 prefeitos do Bico do Papagaio, 09 mudaram sua ideologia durante o mandato e deixaram os partidos que os ajudaram a ser eleitos em 2012. Os chefes dos Executivos municipais, há os que já estão na terceira agremiação em menos de três anos e até os que mudaram e estão retornando à sigla do período da eleição.

E esse índice pode aumentar nas próximas semanas. Isso porque vence no próximo dia 1º o prazo para filiação ao partido que o pré-candidato pretende disputar as eleições em 2016. No ano passado, quando a fidelidade partidária era obrigatória aos prefeitos (a regra mudou neste ano), o recém-criado Solidariedade (SD), atraiu 08 dos prefeitos.

No troca-troca, os partidos que tiveram maior prejuízo foram o PSD e o PMDB. Mas, nessa dança das cadeiras, o PSD ganhou o prefeito de Palmeiras do Tocantins, Evandro de Sousa.

AVALIAÇÃO
O procurador regional eleitoral no Tocantins, George Lodder, avalia que a sociedade é a mais prejudicada com as mudanças partidárias, e que o troca-troca de agremiações demonstra a falta de compromisso do político eleito com o programa de governo que defendeu. Ele destaca que os partidos passam a ser apenas um instrumento para o político se candidatar.

Para Lodder, a falta da identificação ideológica do político deixa o eleitor sem a possibilidade de conhecê-lo, saber quais são suas bandeiras e suas ideias. “Na eleição proporcional (vereadores e deputados), a mudança de partido traz um grande prejuízo, pois o voto muitas vezes é no partido ou coligação e são os mais votados”, frisa o procurador.

Ele argumenta que esse é um dos argumentos que sustenta o entendimento da Justiça Eleitoral que o mandato, na eleição proporcional, é do partido e não do candidato. “Na eleição majoritária é diferente, a maior parte dos eleitores vota no candidato, na pessoa e não na legenda”, exemplificou.

PARTIDOS
Sobre o grande número de filiação de prefeitos no SD, o presidente estadual do partido e deputado estadual, Vilmar de Oliveira, explica que hoje a “realidade não é mais essa”. “Muitos fatores atraíram os prefeitos: era um partido novo, não havia problema em relação à fidelidade partidária. Tinha no comando o governo, na época Sandoval, e reuniu o maior número de deputados na Assembleia Legislativa”, detalha. Oliveira conta que hoje o SD pode passar pela situação inversa com a criação de novos partidos, que costuma atrair bastante os políticos. Ele relata que o SD também tem perdido prefeitos em razão do assédio dos deputados federais e senadores que os levam para suas siglas.

O presidente estadual do PSD e deputado federal, Irajá Abreu, explicou que o seu partido elegeu 31 prefeitos, mas hoje mantém 18. “É uma opção de o político mudar de partido, principal para um recém-criado, e temos que respeitar isso”, ressaltou. Mas, de olho em 2016, Irajá está buscando atrair mais prefeitos para a legenda.

Fidelidade
No dia 27 de maio deste ano, o Plenário do STF decidiu, com unanimidade, que a fidelidade partidária não se aplica aos prefeitos, governador, senador e presidente da República. A regra de perda do mandato em favor do partido, por infidelidade partidária, aplica-se aos cargos do sistema proporcional: vereadores, deputados estaduais, distritais e federais.

Confira em anexo a lista dos prefeitos do Bico que trocaram de partido.

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