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18/01/2014 - 17h21m

Suplente de deputado suspeito de participar de fraude na Caixa é preso

Redação

Um dos foragidos da Operação Éskhara realizada pela Polícia Federal, foi preso na tarde deste sábado (18). De acordo com o delegado da PF em Araguaína, Omar Pepow, o suplente de deputado federal de Estreito (MA), Ernesto Vieira de Carvalho Neto ( PMDB ).  Ele foi preso entre os municípios de Carolina e Estreito, no sul do Maranhão . A operação tem o objetivo de desarticular uma organização que teria realizado uma fraude de R$ 73 milhões contra a Caixa Econômica Federal (CEF) por meio de um falso prêmio da Mega-Sena no fim do ano passado. Pelo menos 6 pessoas estão sendo investigadas e outros nomes ainda podem surgir.
De acordo com o delegado da PF em Araguaína (TO), Omar Pepow, as investigações mostram que o grupo criou uma conta falsa para receber um prêmio da Mega-Sena, também falso. Os suspeitos procuraram o gerente da agência da Caixa em Tocantinópolis, Robson Pereira do Nascimento, que aceitou participar da fraude, informou a Polícia Federal em entrevista coletiva na manhã deste sábado (18), em Araguaína .
Ainda conforme o delegado, os gerentes têm a senha nacional, por meio da qual é possível acessar a conta para retirada do prêmio da Mega-Sena. O prêmio foi "pago" no dia 5 de dezembro de 2013. Segundo a PF, no mesmo dia teria ocorrido uma “queda” no sistema da Caixa, o que facilitou a operação.
O gerente envolvido está preso desde o dia 22 de dezembro, depois que as investigações identificaram a abertura da conta corrente na cidade. O dinheiro desviado foi redistribuído em contas espalhadas em vários estados como Ceará , Maranhão, Goiás e São Paulo , mas podem existir mais contas, segundo o órgão.
O advogado do gerente preso, Sandro Queiroz, informou que apresentou documentos para PF que comprovam que o suspeito agiu de acordo com as normas da Caixa sem saber que se tratava de um golpe. “Nós já entramos com o pedido de liberdade e podemos confirmar que meu cliente é 100% inocente” disse o advogado defesa.
A PF, no procedimento padrão da Caixa para a premiação da Mega-Sena, o gerente recolhe a documentação do premiado e fica responsável por enviar o bilhete e todos os documentos para a Caixa em São Paulo para validação. Só depois disso é que o gerente sacaria o dinheiro. Segundo a PF, gerente de Tocantinópolis diz que enviou tudo por malote, mas nada chegou à sede da Caixa.
Se denunciados pelo Ministério Público, os suspeitos podem responder pelos crimes de peculato, receptação majorada, formação de quadrilha e de lavagem de dinheiro. Caso sejam condenados, as penas somadas podem chegar a 29 anos de prisão.
A Caixa Econômica Federal informou por meio de nota que acionou a polícia logo que constatou a fraude. O também informou que continua acompanhando o caso e está à disposição da PF para colaborar com as investigações.
 

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