O ex-senador Nezinho Alencar, de 67 anos, preso por suspeita de abuso sexual, foi transferido nesta segunda-feira, 25, para uma cela comum da Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP). Ele foi preso neste sábado, 23, e passou o fim de semana na biblioteca da Defensoria Pública do Tocantins, que fica dentro do presÃdio.
A advogada do ex-senador, Maria ValderÃcia, disse que não iria se manifestar sobre as acusações.
Nezinho foi detido durante a operação Confiar, da PolÃcia Federal. Segundo a corporação, ele é suspeito de abusar sexualmente de duas meninas, de oito e seis anos. As crianças são filhas do caseiro de uma das fazendas do ex-senador. A mulher dele, que não teve o nome divulgado, também foi presa.
De acordo com informações da Secretaria Estadual de Defesa e Proteção Social, Nezinho "aguarda julgamento em uma cela comum não compartilhada" com outros presos.
Os investigadores da PF devem concluir o inquérito até a próxima sexta-feira, 29. O caso está sob sigilo porque envolve crianças em situação de risco.
Nezinho foi deputado estadual no primeiro mandado do parlamento tocantinense, em 1989. Foi suplente do senador João Ribeiro pelo PSB, entre 2003 e 2008. Ele chegou a ocupar o cargo por quatro meses. Atualmente ele é fazendeiro.
A mulher do polÃtico, suspeita de tentar acobertar o marido, está presa na Cadeia Feminina de Palmas. Ela teria tentado subornar o pai das meninas para não denunciar o caso.
A denúncia foi feita pelo pai das crianças depois de gravar um vÃdeo do ex-senador abusando delas, para provar o fato.
Ele teria deixado um celular escondido em uma árvore enquanto saiu para trabalhar.
As imagens cedidas por parentes das vÃtimas mostram o momento em que as crianças estão sentadas no colo do suspeito. Ele coloca a mão nas partes Ãntimas das meninas.
A legislação brasileira considera que abuso sexual contra menores de 14 anos é estupro de vulnerável, mesmo que não tenha conjunção carnal.