A Polícia Civil do Tocantins deflagrou na manhã desta quarta-feira, 30, a Operação Evolution, para cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão em desfavor de membros de uma organização criminosa, especializada em roubos de defensivos agrícolas em Porto Nacional e região. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Porto Nacional, Monte do Carmo, Silvanópolis e Palmas.
Ao todo foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em residências e realizadas uma prisão em flagrante, duas prisões preventivas e uma prisão domiciliar, além de retirar de circulação um revólver calibre .38 e munições. São alvos da operação T.D.A.M. (vulgo TH, 27 anos), e L.L.R. (vulgo Banguela, 41 anos), ambos já se encontram presos na Unidade Penal de Porto Nacional por crimes anteriores à operação; G.B.S.L. (vulgo Gui, 29 anos), agora em prisão domiciliar com uso de tornozeleira; e G.C.A.F. (vulgo Barone, 27 anos), preso em flagrante em Monte do Carmo por posse ilegal de arma de fogo.
As investigações são conduzidas pela Delegacia Especializada de Combate aos Crimes Rurais (Deleagro) e para operação contou com o reforço de policiais civis da Divisão Especializada de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DRCOT), da 7ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC – Porto Nacional), 1ª DP de Palmas e 70ª DP de Porto Nacional.
Trabalho investigativo
O delegado-chefe da Deleagro, Gustavo Henrique da Silva Andrade explica que as investigações iniciaram logo após um roubo de defensivos agrícolas, ocorrido no dia 28 de dezembro do ano passado, em uma fazenda em Silvanópolis. A carga foi recuperada na madrugada do dia 29, após uma ação conjunta das Polícias Civil e Militar. TH chegou a ser preso durante a ação policial, sendo solto dias depois e preso novamente no dia 11 de março deste ano, por participação em um sequestro na cidade de Ipueiras.
“No decorrer da investigação, após análise de dispositivos informáticos, foi possível identificar um grupo criminoso que articulou a ação, o núcleo responsável pela escolta da carga, o núcleo do articulador e o planejador do crime, bem como o apoio logístico de transbordo da carga e local de armazenamento para ‘esfriar’ os produtos. Pela análise dos dados, foi possível identificar que os investigados planejaram o crime, ao menos, 22 dias antes, fazendo levantamentos do local e estudando melhor data para cometer o crime, analisando os riscos desde a rotina da fazenda, quanto da possibilidade de policiamento na região”, destaca o delegado.
A autoridade policial destaca ainda que o grupo se mostra bem organizado, uma vez que tinham um número de telefone para ligações regulares e outros números para articular crimes, denominado por eles de “fazer TRAMPO”.
“A organização criminosa com divisão de tarefas fica delineada nas conversas entre os envolvidos, quando o investigado “TH” envia um vídeo dos produtos roubados de dentro do caminhão subtraído para o investigado “Banguela”. Pouco depois, é feito contato com o interlocutor “Gui”, combinando a casa para onde seriam levados os produtos. E ainda, monitoram a ação policial, alertando sobre a presença da polícia”, destaca.
O delegado Gustavo Henrique reforça o compromisso da Deleagro em promover a segurança no campo. “Essa operação especificamente foi muito importante porque conseguimos desarticular essa organização criminosa que vem atuando na região de Porto nacional, Monte do carmo, Silvanópolis e Ipueiras. Com isso, ratificamos o compromisso da Polícia Civil em buscar garantir a segurança para o produtor rural e assegurar que a investigação seguirá até estancar toda cadeia criminosa, até os receptadores”, conclui.
O nome da Operação faz alusão à marca do produto roubado pela organização no dia 28 de dezembro do ano passado.

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