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21/08/2012 - 12h42m

Propriedade do TO conclui saneamento e volta a exportar

Redação

      Atualmente, as propriedades rurais consideradas foco de brucelose e tuberculose estão impedidas de exportar produtos de origem animal para a União Aduaneira, composta pelos países Cazaquistão, Rússia e Bielorrússia. As propriedades que pretendem retornar a exportar àquele mercado deverão, obrigatoriamente, realizar o saneamento em sua propriedade, para serem consideradas áreas livres para duas doenças. Foi o que fez uma propriedade rural localizada em Itapiratins, região Nordeste do Estado, a 280 quilômetros de Palmas, após ter diagnóstico positivo para tuberculose em seu rebanho.

      A Adapec – Agência de Defesa Agropecuária pretende incentivar mais produtores do Estado a fazerem o mesmo. “Por enquanto só esta propriedade concluiu o saneamento. Este processo é extremamente necessário para impedir a disseminação das enfermidades, que causam prejuízos à economia do Estado e à saúde pública”, disse o diretor de Defesa, Inspeção e Sanidade Animal da Adapec, João Eduardo Pinto Pires, que pede a conscientização dos produtores rurais de outras propriedades infectadas para aderirem ao saneamento.

      A gerente da Unidade Local de Execução da Adapec de Itacajá, Péthia Gomes do Prado, que acompanhou todo o processo da propriedade rural de Itapiratins, afirma que os produtores têm muita resistência à realização do saneamento, apontando os custos econômicos com a realização de exames diagnósticos do rebanho e a eliminação dos animais positivos como os principais fatores. “Algumas propriedades estão em processo de saneamento, mas continuamos fazendo um trabalho de conscientização para conseguir mais adeptos”, disse.

      A União Aduaneira, desde 2009, tem feito restrição à importação de carne bovina de propriedades foco de brucelose e tuberculose. Desde julho deste ano, o controle sanitário ficou ainda mais rígido, pois as propriedades rurais que recebem bovinos de outras propriedades focos de brucelose e tuberculose também são consideradas foco das doenças. Portanto, ficam impedidas de comercializar carnes, produtos e subprodutos de origem animal àqueles países, até que concluam os procedimentos sanitários.

      NoTocantins, dois frigoríficos estão habilitados à exportação para a União Aduaneira: o frigorífico Minerva, em Araguaína, e o Cooperfrigu, em Gurupi.

Saneamento

      O médico veterinário habilitado é obrigado a informar a Adapec sobre os exames positivos e negativos realizados para brucelose e tuberculose. A partir destas informações, em casos positivos, a Agência notifica o produtor sobre as normas para realizar o saneamento com vistas à exportação.

      O saneamento para brucelose procede da seguinte maneira: deverá ser feito exames em todas as fêmeas bovinas e bubalinas com idade superior a 24 meses, vacinadas entre 3 e 8 meses, fêmeas acima de 8 meses não vacinadas e machos acima de 8 meses, com eliminação dos animais diagnosticados positivos.

      No saneamento para tuberculose devem ser feitos exames em todos os animais do rebanho acima de seis semanas e eliminação dos animais com resultados positivos. “Após o decorrer de seis meses da eliminação do último reagente positivo é que a propriedade será liberada à exportação”, disse a responsável pelo PECEBT - Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal, Regina Barbosa.

Prevenção

      A forma mais eficaz de controle da brucelose é a vacinação, obrigatória em todas as fêmeas bovinas e bubalinas de três a oito meses de idade, com a vacina B19. O trânsito interestadual com a finalidade de reprodução, participação em leilões e leilões especiais está condicionado à apresentação do atestado de vacinação e exame negativo da brucelose e tuberculose. Outra medida de controle para estas enfermidades é a eliminação dos animais positivos. Estes exames deverão ser realizados por médicos veterinários habilitados.

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