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13/05/2019 - 13h49m

ESTUDO

Piscicultura tocantinense produz 14,3 mil toneladas de pescado por ano e está presente em 22 municípios do Bico

Redação

Piscicultura tocantinense produz 14,3  mil toneladas de pescado por ano e está presente em 22 municípios do Bico do Papagaio

O setor da piscicultura no Tocantins produz 14.328 toneladas de pescado por ano, com 1.099 produtores atualmente em atividade. Os dados são do Censo da Piscicultura divulgados pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), na Agrotins 2019. O estudo, concluído no ano de 2018, mostrou que a cadeia produtiva está presente em 22 municípios do Bico do Papagaio, tendo como maior produtor de peixes o município de São Miguel do Tocantins, com 198.300 Kg/ano, seguido por Araguatins, 89.270 Kg/ano, e Axixá do Tocantins com 59.300 Kg/ano. O setor em todo o estado, movimentou R$ 92,8 milhões no ano de 2017.

Os 3 municípios do Bico do Papagaio que não estão presente são: Carrasco Bonito, Riachinho e Sampaio.

As espécies mais cultivadas são o tambaqui com 48%, seguida de peixes redondos 23,4%. Caranha, 11,4% e o surubim/pintado 10,5%

A cadeia da piscicultura é praticada em diferentes sistemas de produção como o extensivo, intensivo e semi-intensivo, ocupando uma área de 2.717 hectares de lâminad’água e 25.893 m³. Os piscicultores utilizam os barramentos, viveiros escavados, tanques rede e açudes como principais estruturas de produção. As espécies mais cultivadas são o tambaqui com 48%, seguida de peixes redondos 23,4%. Caranha, 11,4% e o surubim/pintado 10,5%. As demais espécies como matrinxã/piabanha, piau, pirarucu/pirosca, curimbatá/curimba e a tilápia, representam 6,7% da produção total.

De acordo com o levantamento, o maior estado fornecedor de alevinos para os produtores é o Tocantins, sendo povoados 11,6 milhões de alevinos, em 2017, e consumidas 16 mil toneladas de ração entre as propriedades criadoras de pescado.

O Censo da Piscicultura mostrou ainda que em relação à caracterização da atividade 46% dos entrevistados a exercem de forma comercial, 17% como atividade de subsistência e 9,3% para lazer. A pesquisa mostra que 17,9%  das pisciculturas estão desativadas e 9,3% dos entrevistados não souberam responder como caracteriza a atividade.  

O levantamento apontou  que dentre as principais dificuldades encontradas, os piscicultores destacaram o custo da ração, o licenciamento ambiental, assistência técnica, acesso ao crédito, alcance ao frigorífico, alternativas de comercialização, condição e conservação das estradas, curso de capacitação, valor de venda do pescado, mão de obra qualificada e acesso a equipamentos para a piscicultura.

Segundo Andrey Costa, gerente de Aquicutura e Pesca do Ruraltins, responsável por coordenar todo o Censo da Piscicultura, a pesquisa teve como objetivos mapear, identificar, classificar e caracterizar a produção de pescados no Tocantins, traçando o perfil da produção dos produtores e das propriedades.

O Censo vai nortear as nossas ações e continuaremos trabalhando para o desenvolvimento do setor principalmente na consolidação da atividade através da regularização ambiental dos piscicultores existentes, fomentar e incentivar a implantação e ampliação de novas áreas produtivas, buscar junto as instituições financeiras novas linhas de crédito se moldando as exigências da piscicultura, realizar através de convênios assistência técnica continuada para piscicultores do estado. Obtivemos a liberação da espécie Tilápia para o cultivo em tanques rede nos reservatórios de hidrelétricas, isso vai ocasionar um setor, historicamente já observado em outros estados. Essa liberação oportunizará um salto de produção para os próximos anos, visto que temos uma disponibilidade de concessão de áreas aquícolas de mais de 220 mil toneladas/ano, nos reservatórios do Estado, gerando mais de 6 mil empregos diretos e indiretos, movimentando mais de 150 milhões de reais, com isso vamos consolidar a piscicultura como uma das principais atividades produtivas do Estado”, avaliou o gerente.

Realização

O Censo da Piscicultura foi realizado pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), em parceria com as Secretarias Estadual do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Turismo e Cultura (Seden)/Secretaria da Indústria e Comércio, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro) e Embrapa Pesca e Aquicultura.

Todo levantamento para saber onde estavam às pisciculturas foi feito por meio de imagens de satélite, disponibilizadas pela Embrapa, via cadastro do Ruraltins, nos municípios. No total foram percorridos aproximadamente 80 mil quilômetros km e 132 servidores envolvidos. Os técnicos se deslocaram até as propriedades rurais e aplicaram os questionários, sendo divididos por regiões.

Ranking

O Tocantins hoje, em se tratando de produção, ocupa o 17º lugar no ranking nacional.  Os dados coletados servirão de subsídios para elaboração do Plano de Desenvolvimento da Piscicultura do Estado do Tocantins, plano este que tem o propósito de alavancar o crescimento do estado, fazendo com que se configure entre os cinco maiores produtores de pescado do Brasil, em 10 anos.

Os piscicultores utilizam barramentos, viveiros escavados, tanques rede e açudes como principais estruturas de produção

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