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21/11/2018 - 09h59m

POLÊMICA

Ministério Público investiga contratação da empresa do pai do deputado Olyntho Neto para coletar lixo hospitalar

Redação

Ministério Público vai investigar contratação da empresa do pai de Olyntho Neto para coletar lixo hospitalar

Uma investigação foi aberta pelo Ministério Público para apurar a contratação da empresa Sancil Sanantonio, sem licitação, em agosto deste ano. A empresa foi contratada para atender 13 hospitais e seria responsável por despejar quase 200 toneladas de lixo hospitalar em um galpão do distrito agroindustrial de Araguaína. A empresa é ligada a família do deputado Olyntho Neto (PSDB), ex-líder do governo na Assembleia Legislativa. O caso também está sendo investigado pela Polícia Civil e pelo Tribunal de Contas Estadual.

Segundo a portaria assinada pelo promotor Adriano Neves, o inquérito civil público vai investigar a relação da empresa com o ex-juiz eleitoral e advogado João Olinto, pai do deputado Olyntho Neto. "Considerando que tal quadro retratação poderá, em tese, configurar ato de improbidade administrativa", diz trecho do documento.

A Secretaria Estadual de Saúde disse que contratou a empresa em caráter emergencial, sem licitação. Seriam pagos R$ 557 mil por mês, mais de R$ 6 milhões por ano, pelo serviço. Porém, durante entrevista, o secretário Renato Jayme reconheceu que a empresa não tinha capacidade técnica para o trabalho.

Além disso, um relatório feito pelos hospitais demonstrou diversas falhas no serviço prestado pela empresa. O lixo que estava depositado no galpão irregular terminou de ser retirado nesta terça-feira (20).

O galpão onde os resíduos foram deixados foi ligado a empresas do deputado Olyntho Neto. Além disso, a Sancil Sanantonio seria do pai dele, o ex-juiz eleitoral e advogado João Olinto, segundo a Polícia Civil. O deputado negou envolvimento no caso.

João Olinto e duas sócias da empresa tiveram a prisão decretada e são considerados foragidos.

Após toda a polêmica, o governo do estado suspendeu e depois cancelou o contrato com a Sancil. Além disso, o Tribunal de Contas do Estado determinou que nenhum pagamento seja feito para a firma do ex-juiz eleitoral e advogado.

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