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23/01/2019 - 15h31m

DO BICO

Jogadora praianortense conta como driblou dificuldades no TO até chegar à Seleção Brasileira Sub-17

Na seleção sub-17, Gisseli foi campeã sul-americana (Foto: CBF)

"Eu sempre coloco na minha cabeça que a dificuldade é para deixar a gente cada vez mais forte". Foi pensando assim que Gisseli Mariano, 17 anos, saiu da pequena Praia Norte, na região norte, no Bico do Papagaio, para brilhar no futebol nacional. Atualmente Gisseli defende a Chapecoense, isso há um ano e cinco meses. Na seleção sub-17 foi campeã sul-americana.

O percurso não foi fácil. O avô dela, seu José Mariano havia montado uma escolinha feminina na região e foi aí que Gisseli Mariano viu a chance de começar a escrever sua história no futebol.

"Comecei a jogar pelo time do meu avô, o Show de Bola, era um time feminino que ele tinha aqui em Praia Norte. Aí depois ele me colocou na escolinha masculina Rio Branco. Passei um bom tempo jogando com meninos e até cheguei a participar de outras escolinhas. Depois teve uma seletiva em Imperatriz-MA, fui fazer, era para disputar o Maranhense feminino. Lá fui campeã e ganhamos uma vaga para a Copa do Brasil. Foi então que me mudei de vez para Imperatriz, e fiquei dividida entre o futebol de campo e o futsal. Depois fui jogar os Jogos Escolares em João Pessoal-PB e lá um professor me viu e chamou para fazer parte do time dele, no interior de São Paulo. Fiquei seis meses na equipe, e surgiu a convocação pela primeira vez e depois deixei o time".

A promessa praianortense defende as cores da a Chapecoense (Foto: Divulgação)

Depois da primeira convocação veio o contrato com o time feminino de base da Chapecoense. Gisseli segue no clube até o fim da temporada 2019.

"Fui para chape e continuei sendo convocada. Na seleção de base fui campeã sul-americana, depois ganhamos um torneio na África do Sul. Depois veio a convocação para a Copa do Mundo Sub-17".

Em meio as dificuldades na região e ao preconceito em um local que o futebol feminino é escasso, ela soube driblar tudo isso com categoria, sem perder a bola para o 'adversário'.

"Essas coisas assim, eu sempre procuro ver de incentivo para não desistir e me manter sempre motivada. E eu sempre coloco na minha cabeça que a dificuldade é para deixar a gente cada vez mais forte. Nada é fácil, nada vem fácil, então sempre vai ter dificuldade".

Gisseli Mariano só vai a campo de batom e de preferência vermelho. Questionada sobre, bateu a timidez, e revelou que o batom é parte dela nas partidas.

"Eu só consigo jogar de batom (risos). É uma coisa minha (risos). Acho que não consigo jogar sem passar batom. Na verdade, nem sei como comecei a passar batom para jogar bola", concluiu. (Edson Reis/GE)

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1 Comentário(s)

  • James Lima | 23/01/2019 | 18:36 História, muito bonita da garota atleta, Gisseli, tive a satisfação de conhecer sua trajetória no futebol de nossa região.
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