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03/04/2019 - 18h42m

SAÚDE

HGP investe em tecnologia para retirada de tumores cerebrais

Suene Moraes

Objetivo é minimizar a lesão em áreas cerebrais sem tumor com o investimento na tecnologia (Foto: André Araújo)

O Hospital Geral de Palmas (HGP) realizou, pela primeira vez, um procedimento utilizando o aspirador ultrassônico para a remoção de um tumor cerebral – o equipamento permite extrair a neoplasia com menor lesão e impacto nos vasos cerebrais. A cirurgia ocorreu na segunda-feira, 1º, em um paciente de 71 anos e foi conduzida pelo neurocirurgião com especialidade em neuro-oncologia do Hospital Sírio Libanês, Vinícius Bessa Rodrigues, junto com a equipe multiprofissional do HGP.

O Hospital Geral de Palmas (HGP) possui o maior centro cirúrgico do Estado, sendo a principal unidade hospitalar na realização de cirurgias intracranianas, que são efetuadas para a remoção de tumores no cérebro. Somente em 2018 foram executadas 389 neurocirurgias.

Devido ao procedimento cirúrgico ser considerado de alta complexidade, o HGP investiu na locação, pelos próximos seis meses, no valor total de R$ 576.000,00, de dois equipamentos de ponta na tecnologia da medicina: um neuronavegador e um aspirador ultrassônico. O primeiro é considerado um GPS, pois auxilia o neurocirurgião como um guia, por meio de imagens, com o objetivo de tornar a cirurgia menos invasiva e aumentando a precisão na extração dos tecidos lesionados sem prejudicar as áreas saudáveis.

O neurocirurgião, Vinícius Bessa Rodrigues, há quatro anos no HGP, explica que a ferramenta é no formato de uma caneta e na ponta emite uma onda ultrassônica para quebrar os tumores em micro fragmentos. “Em um tumor muito duro e que tem uma manipulação difícil a ferramenta permite que façamos os movimentos de forma mais delicada, preservando o cérebro que não está com a lesão do tumor. Uma outra vantagem é que o aparelho não lesiona os vasos cerebrais, não causando hemorragia”, informa Bessa. Além das neoplasias na cabeça, o neurocirurgião reforça que o aspirador ultrassônico pode ser utilizado também para os tumores na coluna.

Atualmente o HGP conta com 10 neurocirurgiões. Segundo Bessa, todos com capacidade e conhecimento para utilizar esses equipamentos, em Palmas somente alguns hospitais particulares possuem essa tecnologia. “Estamos num cenário favorável no HGP, com um entendimento geral das nossas necessidades para operar com segurança e em maior quantidade. Hoje conseguimos leito de UTI para o paciente eletivo, as pessoas com urgência são operadas no mesmo dia”, relata.

Empenho

Vale ressaltar a importância do projeto, onde o HGP atendeu as especificações necessárias do material, de acordo com o secretário-executivo da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Edgar Tollini,  e acima de tudo a capacitação dos nossos profissionais. “Entramos numa esfera de segurança para o paciente nos procedimentos cirúrgicos neurológicos, com menos tempo de resposta, um tempo muito menor de internação e acima de tudo uma invasão mínima. Com capacidade de sucesso maior  no resultado”, reforçou Tollini. Outra vantagem, conforme Tollini, é a diminuição no tempo de espera.  “O tempo de cirurgia é em torno de oito horas e com essa tecnologia cai entre cinco a quatro horas. A recuperação é bem benéfica, pois conseguimos expor o paciente a menos risco”, detalha o secretário-executivo.

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