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07/03/2017 - 22h32m

EM ARAGUAÍNA

Delegado que já atuou em Araguatins é condenado a 15 anos de prisão por cobrar para investigar

Delegado Manoel Laeldo e Fernanda Julião foram condenados (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

O delegado que já atuou na cidade de Araguatins, Manoel Laeldo dos Santos, foi condenado nesta terça-feira, 7, por extorquir vítimas de crimes para conduzir investigações entre os anos de 2013 e 2015, em Araguaína. Além do delegado, que já estava afastado desde 2016, a companheira dele, um agente de polícia e um primo dele também foram condenados.

Para a Justiça, ficou comprovado que Manoel Laeldo usou de sua condição de delegado responsável pela apuração da morte do empresário Vagner Carlos Santana Milhomem, em 2012, para pedir dinheiro aos parentes da vítima como condição para continuar com as investigações. Eles teriam recebido R$ 65 mil.

O juiz apontou também que Fernanda Julião, mulher do delegado, e Jânio Espíndola, primo dele, eram os responsáveis por fornecer "as contas para receber os depósitos, além de movimentar e promover a distribuição dos capitais ilegais entre os demais membros da associação, dificultando o seu rastreamento."

Penas
Manoel Laeldo foi condenado a 15 anos de prisão. Fernanda Julião a 7 anos e 10 meses de prisão. Jânio Espíndola Gomes recebeu pena de 8 anos e 4 meses e Raimundo Araújo Dias de 5 anos e 9 meses.

Além da prisão, a decisão decretou a perda dos cargos públicos ocupados por Manoel Laeldo, delegado, Jânio Espíndola, funcionário da Prefeitura de Araguaína, e Raimundo Araújo, agente de polícia.

A defesa dos acusados disse que recorrerá às instâncias superiores, pois "a decisão está totalmente equivocada, uma vez que não foram analisadas as provas produzidas no processo, nem mesmo as teses defensivas que demonstram a efetiva inocência dos acusados."

Entenda
O delegado responde processo por supostamente extorquir vítimas de crimes para conduzir investigações. Ele foi afastado em agosto de 2016, após decisão da Justiça. A mulher de Laeldo e um primo dele também foram denunciados. A suspeita é de que eles receberam mais de R$ 65 mil para que o delegado investigasse o assassinato de um empresário.

Para o juiz Francisco Vieira Filho, que determinou o afastamento, "há provas de materialidade e indícios suficientes da autoria dos delitos imputados".

Ainda conforme a decisão, há diversos registros onde vítimas e testemunhas afirmaram terem sido contatá-las pelo delegado para falar sobre as denúncias. Por isso, a decisão também determina que ele não mantenha contato com as vítimas.

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