Casal suspeito de aplicar vários golpes no TO são presos e arma, munições e dinheiro são apreendidos pela Polícia Civil

Um casal foi preso na tarde desta quinta-feira (4) pela Polícia Civil suspeito de aplicar vários golpes no Tocantins. A investigação apontou que eles atraiam pessoas prometendo pagamento de boletos bancários de forma ilícita, mas não faziam o serviço e ficavam com o dinheiro das vítimas. A dupla foi detida em cumprimento a mandados de prisão preventiva. Nos últimos cinco meses eles teriam dado um prejuízo de cerca de R$ 400 mil.

A investigação foi feita pelo delegado Wanderson Chaves Queiroz, da Delegacia de Investigações Criminais (Deic) de Palmas. De acordo com a Polícia Civil, o homem tem 26 anos era conhecido por ser um hacker e praticar crimes eletrônicos.

Junto com a companheira de 21 anos, o suspeito prometia pagar boletos bancários cobrando apenas uma taxa de comissão. Porém, além de não fazer os pagamentos os suspeitos intimidavam as vítimas. O homem, inclusive, se apresentava como policial.

"As pessoas se sentiam ameaçadas porque estariam praticando algo ilegal e depois porque o estelionatário se passava por policial", explicou o diretor de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado do Tocantins, delegado Evaldo de Oliveira Gomes.

O suspeito foi preso em Porto Nacional com um simulacro de arma de fogo e munições reais. A mulher foi detida em uma quadra da região sul de Palmas. Ainda de acordo com a polícia, ela era responsável por receber os valores e fazer a movimentação financeira.

"As pessoas que foram vítimas podem procurar a Deic e indicar que foram vítimas, sem medo de represália, porque não chegaram a praticar algum crime. Eles são vítimas. Se ele tivesse levado o sistema financeiro à prejuízo eles teriam cometido crime, mas isso não chegou a acontecer. Então, quem foi vítima não precisa ter medo de comunicar o fato", afirmou o delegado.

Os dois vão respondem por estelionato. Além do simulacro de arma de fogo e da munição, foram apreendidos R$ 2 mil em espécie. Por fim, ainda conforme a polícia, a dupla tinha passagem por estelionato e falsidade ideológica no Tocantins e Maranhão.