Servidores públicos estaduais passaram a questionar nas redes sociais o destino dos valores descontados mensalmente de seus contracheques para o Plano Servir. A preocupação aumentou após a divulgação de que hospitais e clínicas credenciadas ao Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Tocantins (SINDESSTO) pretendem suspender os atendimentos eletivos a partir de 10 de novembro, por falta de repasses do Governo do Tocantins.
Nos comentários de publicações sobre o caso, servidores expressaram indignação com a falta de transparência e cobraram explicações do governo. “Pra onde vai o dinheiro que é descontado todo mês no contracheque do servidor público?”, questionou uma servidora. Outra completou: “Queremos saber para onde está indo o dinheiro que todo mês sai do salário”.
Também há reclamações sobre o impacto financeiro. “E nossas despesas com esse plano triplicaram”, escreveu outro comentário. Servidores pedem ainda que o Estado suspenda as cobranças até que a situação seja resolvida: “Então não descontem nos salários até normalizar!”, afirmou uma usuária.
Em meio à repercussão, a Secretaria da Administração (Secad) divulgou nota afirmando que vem realizando um esforço contínuo para regularizar os pagamentos. Segundo o governo, as faturas referentes aos meses de maio e junho já foram integralmente quitadas, e o pagamento do mês de julho foi iniciado na última sexta-feira, 31 de outubro.
A pasta atribuiu os atrasos a um passivo financeiro herdado de gestões anteriores, que somaria uma dívida “enorme” e um déficit mensal de cerca de R$ 30 milhões. Ainda assim, a nota não menciona os meses de agosto, setembro e outubro, nem apresenta um cronograma para a normalização completa dos repasses.
A Secad destacou que mantém “compromisso e seriedade na gestão” e que segue adotando medidas de contenção de gastos e otimização, sem comprometer a qualidade dos serviços. Também afirmou estar aberta ao diálogo com a rede credenciada para buscar soluções conjuntas.
Enquanto isso, cresce o temor entre beneficiários e prestadores sobre o impacto de uma eventual paralisação. Caso a suspensão dos atendimentos seja mantida, servidores e seus dependentes podem ficar sem cobertura médica e hospitalar já a partir desta semana.









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