A Polícia Federal (PF) está nas ruas na manhã desta sexta-feira (27) para cumprir mandados de prisão e busca e apreensão na 10ª fase da Operação Sisamnes. Entre os alvos está o prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), que teve a prisão decretada, mas ainda não foi localizado. O gestor é suspeito de participar do vazamento de informações sigilosas de inquéritos em tramitação no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
As ordens judiciais foram autorizadas pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a coleta de novos elementos que indicariam o envolvimento direto do prefeito no repasse indevido de informações a aliados políticos, com o objetivo de frustrar ações da PF.
Além de Eduardo Siqueira, também são alvos de prisão o advogado Antônio Ianowich Filho e um policial que atua na segurança do prefeito.
Durante a operação, a PF também cumpre três mandados de busca e apreensão em endereços relacionados aos investigados, todos em Palmas. Segundo a corporação, há indícios de que Eduardo Siqueira monitorava investigações em andamento e compartilhava dados confidenciais, o que teria permitido que aliados se antecipassem a operações policiais.
Em uma das conversas interceptadas no celular do prefeito, ele relata ao advogado Thiago Marcos Barbosa de Carvalho – sobrinho do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) – detalhes de inquéritos sigilosos. Em outro trecho, Siqueira Campos afirma ter recebido informações de um ministro do STJ antes da deflagração de uma operação da PF.
“Esse Noronha, há 15 ou 18 anos, ele me chamou em Brasília e falou para mim: ‘Siqueira, só para avisar ao teu pai que vão ser afastados quatro desembargadores’”, afirmou o prefeito, em menção ao ministro João Otávio de Noronha.
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