O Câmpus Augustinópolis da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) realizou seu primeiro júri simulado na última segunda-feira, 25, durante a II Semana Jurídica da Unitins. A simulação do julgamento foi feita pelos acadêmicos do 8º período do curso de Direito/Câmpus Augustinópolis, no auditório da Universidade.
O caso fictício levado a julgamento tratou-se de uma tentativa de feminicídio, onde o réu (companheiro da vítima) deu 69 facadas na esposa por motivo de ciúmes durante um evento de aniversário da cidade. O júri simulado foi organizado pelo professor mestre Luíz Gonzaga, que ministra a disciplina de Prática Jurídica Simulada II – Prática Penal.
Toda a estrutura do tribunal do júri foi representada pelos acadêmicos, que se dividiram entre juiz, acusação, defesa, testemunhas e jurados. A acadêmica Gisely Carvalho atuou como membro do Ministério Público e considerou a experiência enriquecedora.
“A prática permitiu que eu aplicasse na simulação os conhecimentos teóricos adquiridos em sala de aula, aprimorando minha oratória, raciocínio jurídico e capacidade de argumentação”, comentou Gisely. Ela também compartilhou que sempre sonhou com a carreira de delegada da Polícia Civil, mas “hoje, meus olhos brilharam para a promotoria”, confessou.
O acadêmico Tiago Fostino desde que entrou na universidade tinha o sonho de seguir carreira como promotor no Ministério Público e na simulação assumiu o papel de juiz. “Eu optei por esse papel porque eu queria ter um conhecimento mais amplo, saber o que é ser um juiz, qual o seu papel, sobretudo, em um tribunal do júri, e confesso que fiquei encantado”, comentou. E complementou destacando que “provavelmente pode ser uma carreira [a magistratura] que eu possa seguir futuramente”, concluiu.
O professor Luíz Gonzaga ressaltou que mesmo com os papéis e roteiro definidos, os acadêmicos tiveram autonomia para improvisar e contribuir da melhor forma com o júri simulado. “Tanto a acusação, quanto a defesa, nós deixamos os acadêmicos livres para trazer novos argumentos atrelados ao fato que foi objeto da simulação”.
Ele evidenciou, ainda, que “mesmo os acadêmicos que não estavam nos papéis principais puderam perceber a emoção, a intensidade que envolve um júri simulado”. Pedagogicamente, “essa forma de participação do aluno, dando a ele o protagonismo do processo de aprendizagem, traz para ele uma formação acadêmica mais sólida”, assinalou o professor Luíz Gonzaga.
Para a coordenadora do curso de Direito/Câmpus Augustinópolis, Sarah Lima, a experiência foi motivo de felicidade. “Estou muito feliz com o sucesso do nosso primeiro júri simulado! Foi uma experiência incrível que mostrou o comprometimento e a dedicação dos nossos alunos e do professor Luíz Gonzaga. Os alunos se destacaram pela preparação e pela postura, e o professor foi fundamental na orientação e no apoio”, salientou.
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