Gurupi anuncia que não disputará mais o Brasileiro

A diretoria do Gurupi protocolou na tarde da última sexta-feira, na Federação Tocantinense de Futebol (FTF), a desistência do Campeonato Brasileiro da Série D. A FTF deve encaminhar o documento da desistência para a CBF amanhã. A informação foi repassada pelo presidente do Camaleão do Sul, Wilson Castilho. O motivo alegado pelo dirigente foi que a indefinição sobre o começo do campeonato, em razão das disputas na Justiça Comum, inviabilizou financeiramente o clube.

Segundo ele, o clube estava tendo gasto de R$ 130 mil mensais com folha salarial, alimentação, hotel, aluguel de residência e transporte de jogadores dentro da cidade. "Chegamos no limite e tirando a prefeitura não tem como a gente bancar o time para a disputa da competição",... disse, cobrando do governo do Estado, em especial da Secretaria da Juventude e dos Esportes (Sejuves), o apoio prometido antes do início do Campeonato Estadual. Segundo ele, a conversa é a mesma de sempre - "estamos correndo atrás". A decisão de desistir da competição recebeu o aval do prefeito de Gurupi, Alexandre Abdalla.

 

Liberados - Na última quarta-feira, o Gurupi havia liberado todo o elenco e comissão técnica após efetuar o pagamento do grupo, alegando que assim que a CBF resolvesse a situação e determinasse a data exata do começo da Série D chamaria o plantel de volta. Apesar de ter dito isso aos jogadores, o dirigente resolveu liberar pelo menos três atletas que pediram para levar a rescisão, em caso de o Gurupi não fosse mais participar. São os jogadores Thiago Campos, Israel e Wendell. Segundo Castilho, apenas um levou a rescisão.

O presidente comentou ainda que estava tendo uma despesa de R$ 10 mil de hotel com o técnico Everton Goiano, e os jogadores Lúcio e Nonato e, isso, segundo ele, também estava fora dos padrões e da realidade do Gurupi. No ano passado, o clube também desistiu de disputar o Brasileiro da Série D, alegando falta de apoio financeiro do governo do Estado. Na época, o Tocantinópolis herdou a vaga e representou o Estado.