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19/01/2017 - 11h32m

SAÚDE

ARAGUATINS: Secretaria de Saúde diz que pessoas infectadas no Pará causaram surto de malária

Duas pessoas que contraíram malária no Pará podem ter causado o surto em Araguatins, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Em 18 dias, foram confirmados 10 casos da doença na cidade, segundo o Governo do Tocantins.

Mosquito-prego, transmissor na malária

"Esse mosquito sadio picou essas duas pessoas, que vieram infectadas, e aí o mosquito picou as demais pessoas, que contraíram a doença aqui dentro do nosso município", afirmou o diretor de Vigilância em Saúde de Araguatins, José Hélio Gonçalves.

Aprocura por atendimento no hospital da cidade mais que dobrou. Somente nesta quarta-feira, 18, durante o dia, 78 pessoas passaram pela emergência. Cerca de metade delas estava com febre.

A auxiliar de serviços gerais, Raimunda Silva, e o filho tiveram que ser internados por causa da doença. "Achei que eu iria morrer, né? Já estava querendo me despedir porque é uma sensação horrível".

O surto tem provocado medo entre os moradores. "Eu particularmente achava que isso não existia mais, apesar da gente morar numa área de risco", disse a comerciante Valdirene Santos.

Segundo a secretaria, durante todo o ano de 2016, foram registrados 22 casos confirmados de malária em todo o Tocantins. Deste total, apenas quatro foram contraídos no estado, especificamente nos municípios de Xambioá, Sandolândia, Araguatins e Marianópolis do Tocantins. Os outros 18 casos têm como origem da infecção os estados do Pará, Mato Grosso e Maranhão e os países Angola e Guiana Francesa.

Sintomas
As pessoas que contraem a malária sentem dores de cabeça, febre alta, dores nos músculos e calafrios. Segundo a Sesau, todos os casos suspeitos devem passar por exames de diagnóstico rápido disponíveis gratuitamente na rede pública de saúde, que são o teste rápido ou o teste da gota espessa.

O teste rápido pode ser realizado em qualquer unidade de saúde e o resultado sai em 15 minutos. Já o teste da gota espessa deve ser prescrito e o resultado sai em até 24 horas. Ambos os testes usam apenas poucas gotas de sangue retiradas do dedo do doente.

Tratamento
O governo informou que o tratamento é oferecido na rede pública de saúde, administrado de acordo com o quadro de cada paciente. A orientação é que as pessoas que apresentarem os sintomas, procurem uma unidade.

Precauções
Um dos cuidados é evitar locais que são habitats naturais do mosquito Anopheles darlingi, considerado vetor principal da doença, conhecido como mosquito-prego. Ele gosta de alimentar no anoitecer e no amanhecer, segundo o gerente do laboratório de entomologia, Rogério Rios. "Se a pessoa vai pescar ou acampar em áreas ribeirinhas ou em praias de rio, é importante usar repelentes entre 18 e 22 horas e entre 3 e 6 horas da manhã", recomendou.

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