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26/04/2018 - 18h22m

UNITINS

Alunos do Câmpus de Augustinópolis ganham bolsas do CNPq com projetos de pesquisa sobre uso medicinal do babaçu

Redação

Projetos foram apresentados na Febrace e os acadêmicos irão receber bolsas por um ano para desenvolver pesquisa que estuda fortalecimento do sistema imunológico

 

Os acadêmicos do curso de Enfermagem do Câmpus Augustinópolis da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), Hugo Araújo Salis e Catarina Melo Cardoso, foram selecionados e receberão bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para desenvolverem suas pesquisas na utilização medicinal do coco babaçu, aplicando-o para o fortalecimento do sistema imunológico humano. A bolsa é vigente de abril de 2018 a 31 de março de 2019. Todo final de trimestre os alunos pesquisadores precisam enviar ao CNPq a descrição das atividades realizadas nos projetos.  A seleção reforça que a Unitins vem cumprindo seu papel social de Instituição de Ensino Superior (IES) no tripé Ensino, Pesquisa e Extensão.

O projeto foi apresentado na 16ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), na Universidade de São Paulo (USP). Catarina explica que a equipe utilizou a parte menos aproveitada do coco babaçu. “Utilizamos o mesocarpo, que possui propriedades terapêuticas e que ajuda a estimular o sistema imunológico humano em duas fases essenciais, os leucócitos e linfócitos, além de ser rico em vitamina C e ferro”.

O ineditismo do projeto também é comemorado pela estudante. “Não existe nenhum artigo que relacione o mesocarpo do babaçu ao sistema imunológico humano. A gente trabalha com esse fruto de forma sustentável, já que essa é a parte menos utilizada do fruto”, diz a acadêmica, ao reiterar que a pesquisa é benéfica e viável economicamente, possibilitando o acesso a todas as classes sociais.

“Eu me sinto extremamente feliz porque foi a realização de um sonho participar da Febrace com o apoio da Unitins. Apresentei a pesquisa com ânimo e quero continuar fazendo o que mais gosto na área da Saúde, que é pesquisar, sempre com foco em ajudar as pessoas que mais precisam, especialmente da nossa região Norte e Nordeste, que é economicamente mais fraca”, destaca a acadêmica.

O estudante Hugo Salis reforça que o projeto agrega valor a uma parte esquecida do babaçu, “que é o mesocarpo do babaçu ou farinha do babaçu. Essa farinha contém propriedades que aumentam o sistema imunológico da pessoa. Tem propriedades de cicatrização e também é viável economicamente. Quero que todos os brasileiros conheçam esses benefícios, pois é um fruto que merece ter esse reconhecimento”.

Sobre a pesquisa, Hugo Salis diz que é uma conquista por ter adquirido conhecimento sobre a importância do aproveitamento do fruto e poder ajudar sua região com isso. “O babaçu não é só culinária, ele é ciência, é economia, ele faz parte da nossa tradição, ele é tudo isso e muito mais. Não paro até todos conhecerem o babaçu”, garante entusiasmado.

Da Pesquisa à Extensão

O professor orientador dos alunos, Dr. Zilmar Timóteo Soares, destaca a importância da pesquisa desenvolvida na região norte do Tocantins. “O avanço para a Universidade é o processo que eles vão desenvolver para obter os resultados científicos acadêmicos e a relação da Universidade com a pesquisa na busca de um melhor IDH [Índice de Desenvolvimento Humano] para o Norte do Estado. Não queremos desenvolver essa pesquisa só no aspecto científico, mas trazer o desenvolvimento para região do Bico do Papagaio”, ressalta.

O professor pesquisador explica que o uso do fruto nativo da região fará com que a pesquisa, depois de terminada, chegue à comunidade por meio de projetos de extensão universitária. “Agora, vamos trabalhar o aspecto laboratorial, fazer as comprovações da ideia inicialmente apresentada, e já temos material coletado para isso. A primeira fase foi mais de pesquisa bibliográfica”, conta o professor. A pesquisa será feita em laboratórios da própria Unitins no Bico do Papagaio e em laboratório da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), em Imperatriz.

O orientador da pesquisa, Zilmar Timóteo Soares é biólogo, mestre e doutor em Educação Ambiental e pós-doutor em Psicanálise Clínica.

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